
A febre dos bonecos Labubu, figuras colecionáveis com visual "ugly-cute" (feio-fofo), virou alvo de criminosos digitais no Brasil. Aproveitando o sucesso internacional das peças, sites falsos estão enganando consumidores com promessas de edições originais importadas do Japão a preços muito abaixo do mercado.
Impulsionado por celebridades como Rihanna, Kim Kardashian e Dua Lipa, o Labubu tem conquistado fãs ao redor do mundo. No entanto, segundo alerta da empresa de cibersegurança Kaspersky, golpistas estão criando páginas fraudulentas em português que imitam o design de lojas oficiais, com o objetivo de roubar dados bancários.
A estratégia inclui descontos exagerados e anúncios chamativos. Em um dos sites, por exemplo, o boneco é oferecido por apenas R$ 47,90, com promessa de entrega rápida. Outro, em espanhol, apresenta um histórico detalhado do personagem e vende “edições especiais” por até US$ 79,99. Há também versões do golpe em francês e húngaro.
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Os criminosos ainda utilizam anúncios patrocinados nas redes sociais para ampliar o alcance. Expressões como “últimas unidades”, selos falsos de autenticidade e mensagens de urgência são usadas para estimular a compra rápida.
No Brasil, os Labubu não têm venda oficial e só são encontrados por meio de importação. Em plataformas como Shopee, AliExpress e Magazine Luiza, os preços variam de R$ 140 a R$ 1.500, podendo ultrapassar R$ 5.000 em edições raras. Já versões genéricas, chamadas de "Lafufu", são vendidas na região da 25 de Março, em São Paulo, por valores entre R$ 65 e R$ 250.
Criado em 2015 pelo artista Kasing Lung, o personagem faz sucesso nas chamadas "blind boxes", caixas com modelos surpresa que incentivam o colecionismo. Algumas unidades raras chegam a ser comercializadas por até US$ 3.000, o equivalente a R$ 16.200.

Para evitar cair nos golpes, a Kaspersky orienta os consumidores a desconfiar de ofertas com valores muito abaixo da média, verificar cuidadosamente o endereço eletrônico dos sites e priorizar os canais oficiais da fabricante. Sites com erros de português, aparência amadora ou de origem duvidosa devem ser evitados.
A empresa também recomenda o uso de softwares de segurança com filtros para bloquear páginas falsas e sistemas de alerta contra tentativas de roubo de dados. Em caso de suspeita, a recomendação é não fornecer nenhuma informação pessoal ou bancária.
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