
Em meio à reunião de cúpula do Brics, que ocorre no Rio de Janeiro, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, usou sua conta na rede Truth Social para ameaçar com tarifas extras de 10% produtos de países que se alinhem ao grupo. A medida, segundo ele, busca combater políticas que considera "antiamericanas".
"Qualquer país que se alinhe às políticas antiamericanas do Brics será taxado com tarifa extra de 10%. Não haverá exceções a essa política. Obrigado pela atenção em relação a essa questão", publicou Trump, no último domingo (6).

A declaração ocorre dias após os líderes do Brics — bloco formado por 11 países, entre eles Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul — divulgarem um comunicado conjunto em defesa de um sistema multilateral de comércio justo e transparente. O texto, divulgado no encerramento da cúpula, condena medidas protecionistas no comércio global e defende papel central da Organização Mundial do Comércio (OMC).
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"Reiteramos nosso apoio a um sistema multilateral de comércio baseado em regras, aberto, transparente, justo, inclusivo, equitativo, não discriminatório e consensual, com a OMC em seu núcleo, com tratamento especial e diferenciado (TED) para seus membros em desenvolvimento", afirma o documento oficial do grupo.
Trump, que assumiu a presidência dos EUA em janeiro deste ano, retomou práticas de sua gestão anterior ao anunciar elevações tarifárias sobre importações. A postura gerou reações imediatas de líderes internacionais e reacendeu tensões comerciais.
Além dos cinco membros fundadores, o Brics hoje conta com Arábia Saudita, Irã, Emirados Árabes Unidos, Indonésia, Egito e Etiópia. Outros dez países atuam como parceiros estratégicos do bloco, como Cuba, Bielorrússia, Bolívia, Cazaquistão, Malásia, Nigéria, Tailândia, Uganda, Uzbequistão e Vietnã.
A postura do governo norte-americano promete tensionar ainda mais o cenário geopolítico e poderá ter impactos significativos em acordos comerciais e diplomáticos nos próximos meses.
Fonte: Agência Brasil
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