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AMEAÇADOS DE EXTINÇÃO

Casais de ararajubas chegam ao Parque do Utinga

Aves estão em fase de aclimatação para que possam ser soltas em breve

Imagem ilustrativa da notícia Casais de ararajubas chegam ao Parque do Utinga camera | Kleber José - ASCOM/IDEFLOR-Bio

O Parque Estadual do Utinga Camillo Viana, em Belém, recebeu nesta terça-feira (29) cinco casais de ararajubas, após terem sido aprovadas nos exames físicos, sanitários e comportamentais, para a etapa II do projeto Reintrodução e Monitoramento das Ararajubas em Áreas Protegidas da Região Metropolitana de Belém. As aves vêm do viveiro da Fundação Lymington sediada em Juquitiba/São Paulo, instituiçãoparceira do Ideflor-Bio na realização do projeto.

Por serem as ararajubas uma das espécies ameaçadas de extinção, incluídas tanto na lista estadual quanto federal, o Instituto, por meio da DGBio, realizou o projeto e os resultados da primeira etapa foram significativos na reintrodução, promovendo a readaptação do animal silvestre no habitat amazônico, bem como no estímulo a conservação da biodiversidade.

Casais de ararajubas chegam ao Parque do Utinga
📷 |Kleber José - ASCOM/IDEFLOR-Bio

"Celebramos hoje o início da segunda etapa com a chegada das aves, oriundas da Fundação Lymington. Reconhecemos a expertise adquirida pelo Instituto ao longo da execução do projeto, que subsidiará os importantes passos para uma população de ararajubas geneticamente viáveis, composta por um processo que envolve a adaptação dessas aves ao novo ambiente, onde mais facilmente aprenderão a sobreviver na natureza, quando reintroduzidas no habitat natural", conta a presidente do Ideflor-Bio, Karla Bengtson.

Segundo Crisomar Lobato, diretor de Gestão da Biodiversidade, a etapa II do projeto vai complementar a população de 27 ararajubas que já estão soltas no Parque do Utinga. "Chegaram cinco casais hoje para que possamos adaptá-las e treiná-las, e que no futuro possamos soltar, repovoando a região metropolitana de Belém com os espécimes", explicou.

Casais de ararajubas chegam ao Parque do Utinga
📷 |Kleber José - ASCOM/IDEFLOR-Bio

"A segunda etapa do projeto contará com o auxílio de rádios transmissores para o monitoramento das aves, para que possamos mapear o deslocamento das ararajubas que estão sendo reintroduzidas na região metropolitana de Belém e fazer o acompanhamento da população", detalhou a gerente de Biodiversidade, Valéria Albuquerque.

Marcelo Vilarta, biólogo de campo do Projeto Ararajubas, explica que o projeto começou a partir da Fundação Lymington, criado por dois americanos que vieram morar no Brasil e passaram a criar animais em uma propriedade rural em Juquitiba, em São Paulo. "O trabalho começou com dois casais de ararajubas que receberam de apreensões pelo Ibama. A intenção deles era devolver esses animais ao destino de origem e no caso, a ararajuba ocorre principalmente no Pará. Em Belém, a ararajuba já não era vista há mais de 100 anos, em função de caça, captura e desmatamento. Em contato que a Fundação fez com o Ibama e Ideflor-Bio, foi estabelecida uma parceria para restabelecer essa espécie a essa área onde elas já ocorreram", frisou.

Luis Fábio, presidente da Fundação Lymington, finaliza dizendo que fundar uma população autossustentável de um animal extinto em uma região é um desafio imenso, e tem sido tentado por cientistas e organizações governamentais e não-governamentais ao redor do mundo há bastante tempo.

Casais de ararajubas chegam ao Parque do Utinga
📷 |Kleber José - ASCOM/IDEFLOR-Bio

"Para que as populações possam se estabelecer de forma consistente, uma série de etapas precisa ser cumprida, e uma das mais importantes é o reforço contínuo das populações que já foram reintroduzidas até que os índices de reprodução na natureza indiquem que este procedimento não é mais necessário. É dentro deste espírito que esta segunda fase do projeto se inicia. Novas aves, com uma nova carga genética, chegaram no Parque do Utinga, para incrementar a população que ali já existia desde a primeira fase do projeto. Os espécimes serão libertados em breve, e encontram-se agora no viveiro de aclimatação, onde receberão alimentos da floresta. Com isso, esperamos registrar novamente a reprodução das aves em liberdade, em breve", analisa.

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