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HIDROVIA TOCANTINS-ARAGUAIA

Ribeirinhos se preparam para cobrar compensações

Estudos feitos anteriormente não apontaram todas as comunidades ribeirinhas que serão impactadas pela hidrovia

Imagem ilustrativa da notícia Ribeirinhos se preparam para cobrar compensações camera A obra irá garantir a navegabilidade do Rio Tocantins (PA) entre os municípios de Marabá e Tucuruí durante todos os meses do ano | Reprodução

Ribeirinhos ligados a Associação das Populações Organizadas Vítimas das Obras no Rio Tocantins e Adjacências – Apovo, sediada em Tucuruí, sudeste do Pará, se preparam para cobrar do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) a definição de compensações para as comunidades da região do Lago de Tucuruí e Baião, no Baixo Tocantins, que serão impactadas com hidrovia do Tocantins-Araguaia.

Novas audiências públicas serão capitaneadas pelo Ministério Público Federal (MPF) entre os dias 20 e 23 de junho nos municípios de Marabá, Tucuruí e Barcarena.

Com impactos significativos para o modo da pesca no rio, os estudos feitos anteriormente não apontaram todas as comunidades ribeirinhas que serão impactadas pela hidrovia. O que gera a necessidade de realização de novas audiências públicas sobre a hidrovia.

A informação foi divulgada pelo presidente da Apovo, Ademar Ribeiro, nesta segunda-feira (15). A Associação congrega 12 mil membros oriundos de comunidades e povos tradicionais de 18 municípios.

Conforme Ademar, as novas audiências se fazem necessárias, pois as necessidades dessas comunidades mudaram após anos de espera pelas obras da hidrovia que interligará o centro oeste ao norte do país.

O foco principal são as obras do derrocamento do Pedral do Lourenço, em Itupiranga, e de dragagem do rio Tocantins, em área que abrange o município de Baião. “O que vamos cobrar é que as comunidades não fiquem sem receber as devidas compensações quando das obras de remoção de pedras submersas no trecho conhecido como Pedral do Lourenço”, explica o presidente da Apovo.

O MPF entende que novas audiências públicas sobre a hidrovia são necessárias para que a prestação de informações à população seja qualificada. E a ação alerta justamente para a necessidade de correção de irregularidades detectadas pela instituição.

Ademar lembra que as obras da hidrovia no rio Tocantins poderão impactar significativamente o modo da pesca no rio, e que os estudos sequer apontaram todas as comunidades ribeirinhas que serão impactadas.

De posse de documentos, a liderança, destaca que também foi constatada a insuficiência ou ausência de coleta de várias espécies de peixes presentes na área afetada e não há um plano de contingência em caso de mudança extrema de qualidade da água, entre diversos outros problemas.

A obra proporcionará o aumento da navegabilidade da hidrovia do rio Tocantins-Araguaia e facilitará o escoamento da produção agrícola, pecuária e mineral do Pará
📷 A obra proporcionará o aumento da navegabilidade da hidrovia do rio Tocantins-Araguaia e facilitará o escoamento da produção agrícola, pecuária e mineral do Pará |Reprodução

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Em março deste ano, o MPF recomendou que seja realizada consulta prévia, livre e informada das comunidades ribeirinhas atingidas pelo empreendimento.

A obra tem o objetivo de remover ou destruir pedras submersas que dificultam a navegabilidade do rio em um trecho de 35 Km entre as ilhas do Bogéa e a localidade de Santa Terezinha, no Lago de Tucuruí. Também está prevista a dragagem das águas em áreas próximas, desde Marabá até Baião.

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