Tendo o Pará, o 2º maior rebanho bovino do país, formado por mais de 26 milhões de animais, o Estado se prepara para a retirada da vacinação contra a Febre Aftosa, que acontecerá em maio deste ano. Isto possibilitará a abertura de novos mercados com a maior visibilidade internacional dos produtos de origem animal, entre outros benefícios à pecuária paraense.
A Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará (Adepará) organiza a última vacinação do rebanho de bovinos e bubalinos, a qual foi antecipada e vai acontecer no período de 1° a 30 de abril. Diferentes das campanhas anteriores, não haverá prorrogação desta etapa.
A imunização é para bubalinos e bovinos de todas as idades, e a Agência de Defesa trabalha para atingir 100% de rebanho imunizado. “Nesse período, o produtor tem que comprar vacina e vacinar o seu rebanho. Depois do dia 1º de maio, não pode mais comprar vacina, nem vacinar o rebanho, está proibido”, informou o gerente da Regional da Adepará em Marabá, o zootecnista Geraldo Jota.
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Após o processo de imunização dos animais, o produtor tem até o dia 15 de maio para comprovar a vacinação do rebanho, procurando uma unidade da Adepará.
Geraldo Jota enfatizou ainda que como essa campanha é a última, não terá prorrogação. “Depois de 1º de maio, o produtor que não vacinou o rebanho, que perdeu a campanha, ele não pode vacinar mais. Ele vai tomar sanções da Adepará. A sua propriedade vai ficar restrita, vai ficar bloqueada. A gente vai ter que mandar uma equipe até lá para fazer uma fiscalização sanitária no seu rebanho e acompanhar”, disse.
PARÁ LIVRE DA FEBRE AFTOSA
Gerenciado pelo Programa de Estadual de Erradicação da Febre Aftosa, desde o ano de 2018, o Estado do Pará é considerado área livre de febre aftosa com vacinação pela Organização Mundial da Saúde Animal (OMSA), consequência das inúmeras ações realizadas pela Agência de Defesa, e sempre mantém a cobertura vacinal em acima de 98%.
Nesses casos, considerando a erradicação da Febre Aftosa, o Pará para obtenção de novo status sanitário de Zona Livre da doença sem vacinação, precisará seguir algumas recomendações específicas que são determinadas pela Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA). Entre elas, está a antecipação da campanha, pois todo o processo de suspensão da vacina precisa ser iniciado em maio, visto que o Estado precisa ficar um ano sem vacinação, e por igual período, sem receber animais vacinados.
A partir de março deste ano, será realizada a sorologia, um estudo que vai acontecer em algumas propriedades que o Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) vai selecionar para testar alguns animais e constatar a ausência de circulação viral para o processo de validação e alcance do novo status sanitário de Zona Livre de Aftosa Sem Vacinação do Estado.
Com isso, os trabalhos de defesa sanitária, que garantem a qualidade do rebanho, serão mantidos e intensificados, sempre contando com a parceira do produtor rural, que é parte importante no processo da lida diária com o rebanho em sua propriedade, identificando e notificando qualquer suspeita de doença ao Serviço Veterinário Estadual.
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