Sespa promove diagnóstico precoce e tratamento gratuito

O Governo do Pará intensifica a campanha nacional Janeiro Roxo, voltada à conscientização, prevenção e combate à hanseníase. Coordenada pela Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), a iniciativa busca destacar a importância do diagnóstico precoce e do tratamento adequado, visando combater o preconceito e a desinformação que ainda cercam a doença.

Com o tema “Hanseníase tem cura”, a programação deste ano inclui uma série de atividades realizadas das 8h às 12h em diferentes localidades:

• 18 de janeiro (sábado): Usina da Paz da Terra Firme;
• 25 de janeiro (sábado): Usina da Paz da Cabanagem;
• 26 de janeiro (domingo): Usina da Paz do Guamá.

As ações oferecem exames dermatoneurológicos, avaliações com fisioterapeutas especializados, vacinação, palestras sobre estigma e preconceito relacionados à hanseníase, além de atividades culturais.

Esforço em Marabá: Ambulátorio de Hanseniáse

Em Marabá, a Universidade do Estado do Pará (UEPA) inaugurou o Ambulátorio de Dermatologia e Hanseniáse da Amazônia (ADHAM) no campus VIII, em uma cerimônia realizada no último dia 31 de novembro de 2024. Coordenado pela professora Diana Melques, o ambulatório faz parte de seu projeto de mestrado e visa reforçar o atendimento especializado a pessoas com hanseniáse na região, além de promover pesquisas e treinamento para estudantes da área de saúde.

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O ADHAM representa um marco no fortalecimento da saúde pública em Marabá, integrando a atuação acadêmica às demandas locais por meio de uma parceria estratégica entre a UEPA e a Secretaria de Saúde. A unidade, regulada diretamente pela Secretaria de Saúde, permitirá o encaminhamento de pacientes para atendimentos especializados, ampliando o acesso da população aos serviços de saúde e fortalecendo a interface com o Sistema Único de Saúde (SUS).

Dados e metas da campanha

De acordo com o coordenador do Programa de Controle de Hanseniáse da Sespa, Luís Augusto Costa de Oliveira, o objetivo principal da campanha é detectar novos casos precocemente, informar a população sobre os sinais e sintomas da doença e combater o estigma associado a ela. Em 2024, o Pará registrou 1.354 casos de hanseniáse, sendo 82 em menores de 15 anos. “Se formos avaliar a série histórica dos últimos 10 anos, a doença segue em declínio no Estado”, destacou Oliveira.

Prevenção e diagnóstico

A hanseniáse é transmitida por meio de contato prolongado com pessoas infectadas que não estejam em tratamento. Os sintomas mais comuns incluem manchas esbranquiçadas, avermelhadas ou amarronzadas na pele, com perda de sensibilidade, dormência em extremidades e formigamento.

O diagnóstico é feito por exame físico geral dermatológico e neurológico, avaliando lesões ou áreas de pele com alteração de sensibilidade e comprometimento de nervos periféricos. Em crianças, é necessária uma avaliação criteriosa. A Sespa reforça que, ao identificar esses sinais, é essencial procurar uma unidade de saúde.

Integração com os municípios

A campanha conta com o apoio dos 144 municípios do Estado, que são incentivados a desenvolver ações locais. Segundo Oliveira, “durante todo o ano atuamos para combater à doença, e não somente agora, em janeiro. Antes do início da campanha, foi realizado um ciclo de capacitações sobre a doença em todas as Regionais de Saúde e nos municípios”.

Programação de destaque

Ação social

• 18/01: Usina da Paz – Terra Firme
• 25/01: Usina da Paz – Cabanagem
• 26/01: Usina da Paz - Guamá

Serviços oferecidos: Exames dermatoneurológicos, vacinação, palestras, atividades culturais e outros.

• 30/01: ETSUS (Escolas Técnicas de Saúde do SUS) - Palestra “Hanseníase: Estigmas e Preconceitos”.
• 31/01: Escola de Governança do Pará (EGPA) - Mesa-redonda para profissionais da Atenção Primária.