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CARNAVAL E INCLUSÃO

Especialistas orientam adaptações para pessoas com TEA no Carnaval 

CIIR, referência no Pará em reabilitação para PcDs, reforça a importância de respeitar limites individuais e oferece suporte às famílias.

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Imagem ilustrativa da notícia Especialistas orientam adaptações para pessoas com TEA no Carnaval  camera Eestratégias e medidas bem elaboradas e planejadas são capazes de tornar o período carnavalesco mais acessível e tranquilo para pessoas com TEA. | Reprodução

Conhecido como um evento de grandes festividades e movimentações, o período carnavalesco pode proporcionar alguns desafios para pessoas autistas (TEA), assim como para seus familiares. Tendo isso em vista, profissionais que atuam no Centro Especializado em Transtorno do Espectro Autista (Cetea), que está sob a administração do Centro Integrado de Inclusão e Reabilitação (CIIR), localizado em Belém, na capital do Estado, fortalece a importância de promover previsibilidade, regulação sensorial e manutenção da rotina visando garantir o conforto e bem estar daqueles que estão no espectro.

Yasmin Barros, psicóloga atuante na unidade, reforça que estratégias e medidas bem elaboradas e planejadas são capazes de tornar o período carnavalesco mais acessível e tranquilo para pessoas com TEA.

“É essencial criar um ambiente previsível e seguro. Recomendamos pesquisar os locais antecipadamente, optar por espaços mais tranquilos e, se necessário, levar itens que ajudem na regulação sensorial, como abafadores de ruído e brinquedos táteis”, orienta a profissional, pós-graduanda em Análise do Comportamento Aplicada (ABA).

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De acordo com a psicóloga, prepara-se de forma antecipada pode ajudar a reduzir a ansiedade e melhorar a experiência da pessoa com TEA. “Criar um suporte visual com imagens do local e das atividades previstas pode ser muito útil. A contação de histórias sociais também ajuda a preparar a pessoa para o evento, além de expô-la gradativamente a estímulos semelhantes, como músicas que possivelmente serão ouvidas no ambiente”, explica.

Importância do planejamento familiar

Mães de pessoas que freqüentam o Cetea compartilham suas experiências e estratégias para tornar esse período mais confortável para seus filhos. Nivila Farias, moradora de Belém de 25 anos, mãe solo e cuidadora de Maria Alice Farias, de 3 anos em tempo integral,contou que prefere evitar locais mais movimentados.

Enfermeira Ingryd Aquino em atendimento à pequena Maria Alice, acompanhada da mãe, Nivila Farias.
📷 Enfermeira Ingryd Aquino em atendimento à pequena Maria Alice, acompanhada da mãe, Nivila Farias. |(Foto: Reprodução / Agência Pará)

“Ela não está indo à escola, mas mantemos as terapias. Como a Maria tem sensibilidade a barulhos e agitação, preferimos ficar em casa para evitar a desorganização sensorial”, explicou.

Sempre atentos

Ingrid Aquino, enfermeira que atua no Cetea, reforça que os cuidados com alimentação, medicação e hidratação também são importantes. “Manter os horários das refeições e oferecer alimentos conhecidos evita problemas gastrointestinais. A hidratação também é essencial, priorizando água e evitando bebidas açucaradas ou com cafeína”, destacou. Ingrid alertou, ainda, para importância de organizar as medicações de forma planejada em caso de viagens, assim como atentar-se a proteção contra o sol, recomendando o uso de protetor solar e bonés.

A profissional enfatiza que algumas mudanças na rotina podem influenciar e impactar de forma negativa o bem-estar da pessoa com TEA. Por isso, é importante manter hábitos já estabelecidos, uma vez que a manutenção da rotina é fator de grande importância para manter a regulação de quem está no espectro. “Se a família pretende viajar ou participar de eventos, é importante manter horários regulares para alimentação, sono e medicação. Pequenos ajustes no dia a dia ajudam a evitar crises e garantem um ambiente mais confortável para todos”, reforça Ingryd, que é pós-graduanda em Gestão da Qualidade e Segurança do Paciente e em Saúde Mental.

Adaptação e Inclusão

Yasmin Barros completa que a participação no Carnaval pode ser adaptada às necessidades individuais, inclusive com atividades dentro do ambiente doméstico. “Bloquinhos caseiros, confecção de máscaras e brincadeiras sensoriais ajudam a estimular habilidades motoras e cognitivas, além de tornar o período mais agradável e inclusivo. Pequenas tarefas, como escolher a fantasia e ajudar na organização, também fortalecem a autonomia e o vínculo familiar”, destaca.

Para que as pessoas dentro do espectro possam ter uma experiência segura e confortável, os especialistas reforça, a papel de cada família, que deve respeitar os limites e necessidades da pessoa com TEA, buscando adaptar as festividades do período carnavalesco ao perfil e preferências individuais. Podendo, assim, proporcionar um ambiente confortável e seguro para a brincadeira.

Sobre o CIIR/Cetea:

Órgão do Governo do Pará, administrado em parceria pelo INDSH (Instituto Nacional de Desenvolvimento Social e Humano) e a Sespa (Secretaria de Estado de Saúde Pública), o CIIR é referência estadual em atendimento de média e alta complexidade para Pessoas com Deficiência (PcDs). Atende casos de:

  • Deficiência visual,
  • Deficiência física,
  • Deficiência auditiva,
  • Deficiência intelectual.

Como acessar os serviços:

  • Encaminhamento inicial: Realizado pelas Unidades Básicas de Saúde (UBS) do município.
  • Regulação municipal: A Central de Regulação do município acolhe a demanda e encaminha à Regulação Estadual.
  • Análise do perfil: O Sistema de Regulação Estadual (SER) avalia o pedido conforme as necessidades do usuário.

Localização e contato

Cetea:

  • Endereço: Rua Presidente Pernambuco, nº 489, Batista Campos, Belém.
  • CIIR:
  • Endereço: Rodovia Arthur Bernardes, nº 1000, Belém.
  • Telefone: (91) 4042-2157 / 2158 / 2159.

Destaques:

  • Atendimento especializado: Equipes multiprofissionais para reabilitação física, auditiva, visual e intelectual.
  • Acesso gratuito: Serviços garantidos pelo SUS, integrados à rede estadual de saúde.
  • Objetivo: Facilitar o acesso a serviços essenciais para PcDs, promovendo inclusão e qualidade de vida.
  • Saiba mais: Acompanhe as redes sociais da Sespa ou entre em contato diretamente com o CIIR/Cetea.
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