
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 20 milhões de brasileiros vivem com algum tipo de transtorno psicológico, um cenário que evidencia a urgência da conscientização sobre saúde mental. Neste mês de Setembro Amarelo, a Universidade do Estado do Pará (Uepa), por meio do Centro de Ciências Biológicas e da Saúde (CCBS), intensifica suas ações de prevenção, apoio e tratamento.
O médico psiquiatra e professor da Uepa, André Rodrigues, ressalta que disseminar informações é essencial para reduzir o preconceito e incentivar a busca por suporte profissional. “É preciso compreender que doenças mentais existem e demandam tratamento”, afirma.
No Centro de Saúde Escola do Marco (CSEM/Uepa), a maior procura é por atendimentos relacionados à ansiedade e depressão. O psicólogo Caetano Diniz, que atua há 17 anos na unidade, reforça a importância de hábitos saudáveis, como prática de atividades físicas, alimentação equilibrada, passatempos e rede de apoio social. “O isolamento sempre vai dificultar o enfrentamento dos desafios diários”, destaca.
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Além das abordagens tradicionais, a terapia ocupacional tem se mostrado uma aliada no tratamento. O professor Lucivaldo Araújo explica que atividades estruturadas ajudam a desenvolver habilidades sociais, fortalecer a autoestima e facilitar a reinserção social e profissional. No campus, grupos como “Encontros que Cuidam” e “Ressignificando o Luto” oferecem suporte gratuito à comunidade. A frequentadora Dienne Porfirio conta que o grupo foi essencial em seu processo: “À medida que eu vinha, fui me expressando e isso foi me aliviando e me deixando bem”.
A Uepa também mantém iniciativas voltadas ao público interno, como o Serviço de Apoio Psicológico e Pedagógico ao Estudante (SAPPE/CCBS), o Núcleo de Apoio ao Servidor (NAS) e o Núcleo de Assistência Estudantil (NAE). O estudante de medicina Khaelson Moura, atendido pelo SAPPE, relata melhora significativa em sua vida acadêmica e pessoal. “A melhora foi global, desde a concentração até a relação com os colegas”, afirma.

Durante setembro, a universidade ainda promove webpalestras, podcasts e ações de conscientização, com participação de docentes e especialistas em saúde mental. Além disso, diversos campi oferecem serviços de acolhimento psicológico, terapias integrativas e atendimentos multiprofissionais abertos ao público.
Segundo a Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), idealizadora do Setembro Amarelo em 2013 junto ao Conselho Federal de Medicina (CFM), a campanha tem como objetivo central a prevenção ao suicídio. O dia 10 de setembro é reconhecido como o Dia Mundial da Prevenção, reforçando a necessidade de ampliar o diálogo e os cuidados com a saúde mental.
Fonte: Agência Pará
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