O ditado já diz há muito tempo: "A Justiça tarda, mas não falha", pelo menos para a família de uma mulher do município de Conceição do Araguaia, no extremo sul paraense, essa frase cai tão bem como uma luva.
É que um homem acusado de feminicídio, de tirar a vida de sua ex-companheira no ano de 2009, portanto há 12 anos, teve a sentença de sua acusação aceita pela justiça e agora vai pagar pelo que fez.
Na última sexta-feira, 19, o réu José Edmar Rosa da Silva saiu preso do Tribunal do Júri ao final do julgamento. Ele foi condenado a pena de 15 anos e 9 meses de reclusão em regime fechado pelo homicídio de sua ex-mulher. A vítima foi executada a facadas, pelo motivo de o réu não aceitar o término do relacionamento. O Ministério Público atuou no júri por meio da 3ª Promotora de Justiça de Conceição do Araguaia, Cremilda Aquino da Costa.
De acordo com os autos do processo, José Edmar foi denunciado pelo crime de homicídio qualificado contra a ex-companheira, cometido no dia 9 de abril de 2009. A motivação teria sido o fato de Rubervânia não aceitar o reatamento do relacionamento. Consta da inicial, que a separação do casal havia ocorrido há cinco meses em virtude das agressões verbais e físicas praticadas pelo réu contra a vítima.
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Quatro meses antes do ocorrido, a vítima Rubervânia da Conceição França Silva decidiu terminar o relacionamento, o que não foi aceito por ele e motivou o crime, caracterizado como motivo fútil pela Promotoria e consequentemente pelos jurados.
Durante o dia do crime ele a seguiu insistentemente. Ela passaria a noite na casa da irmã, foi então que, após uma amiga se despedir e ir para sua casa que ficava próxima, ouviu os gritos de Rubervânia pedindo para José Edmar não lhe fazer mal, mas ele desferiu várias facadas na vítima. Ele ficou foragido desde então e só foi encontrado em 2015, em Uruçuí (PI).
O CRIME
No corpo de delito constatou-se que o réu deferiu os golpes de faca pelas costas, o que foi considerado como ato de crueldade e que não houve chance de defesa. Devido à motivação fútil, ao uso de crueldade e não dar chances de defesa à vítima, ele foi condenado a 15 anos e 9 meses de prisão em regime fechado.
Na noite dos fatos, a vítima e sua irmã, Rubiana, estavam bebendo com a amiga Ariceia Lemos Macedo no Projeto Beiradeiro, quando chegou o réu tentou se aproximar e então iniciaram uma discussão. Posteriormente, a vítima e sua amiga Ariceia foram embora e no instante que a vítima estava entrando na residência de sua irmã Rubiana, foi surpreendida pelo réu e atingida por diversas vezes com golpes de faca, lesões as quais levaram à óbito.
Ainda segundo o processo, o acusado estava em fuga e foi citado mediante edital, sendo expedido também mandado de prisão preventiva e suspenso o processo e, consequentemente, o prazo prescricional. Seis anos após o crime, o réu foi preso na cidade de Uruçuí, no Piauí, local onde foi citado e apresentado a sua defesa escrita.
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