O médico José Aimirim Ferreira compareceu à Delegacia de Polícia Civil da cidade de Rio Maria, nesta última terça-feira (25), atendendo a convocação do delegado Luiz Alberto Lima de Almeida Junior, que preside o inquérito policial que a apura a morte de Giselia Pereira dos Anjos, de 27 anos, que morreu devido um erro no procedimento cirúrgico a que foi submetida.
A jovem Gisélia Pereira dos Anjos morreu, no último dia 3, no Hospital Regional de Redenção, devido a complicações durante o parto, realizado cinco dias antes (29 de dezembro) no Hospital Municipal de Rio Maria.
O médico José Aimirim foi o autor da cesariana no qual Giselia Pereira, foi submetida no dia 29 de dezembro de 2021 no Hospital Municipal de Rio Maria. Cinco dias após a cirurgia, a jovem veio a óbito após ser transferida para o Hospital Público Regional de Redenção, apresentando perfuração no intestino.
A Polícia Civil de Rio Maria já ouviu servidores da unidade de saúde que faziam parte da equipe que auxiliou o médico no dia da cirurgia.
O depoimento de Eliana Luiz, Andreia Alves e Cleonice Ribeiro, que atuaram como técnicas de enfermagem, assim como o depoimento do médico, está sendo mantido em sigilo pelo delegado Luiz Alberto.
Veja também!
Médico é preso após paciente morrer durante endoscopia
Filho quebra braço da mãe e ela implora para ele ficar solto
A reportagem tentou saber detalhes do depoimento de José Almerim, mas o delegado disse que prefere manter o sigilo o assunto. Segundo o policial o inquérito e a investigação e segue o rito normal e que o relatório será entregue para a justiça dentro do prazo estabelecido pela lei. Um laudo emitido pela direção do Hospital Regional de Redenção, registra uma perfuração no intestino de Gisélia.
O Caso
De acordo com a família, depois da realização do parto cesariano, Gisélia Anjos passou a reclamar de fortes dores e teve seu estado de saúde considerado grave devido a perfuração de seu intestino. No Regional de Redenção, foi identificado peritonite fecal por lesão “perfurativa pós-cesariana” no ceco, sendo necessária a realização de lavagem exaustiva e confecção de colostomia.
A equipe médica realizou uma cirurgia de limpeza e retirou cerca de seis litros de fezes e líquidos do interior da barriga da vítima. No entanto, as providências tomadas às pressas não conseguiram evitar a morte da jovem. O fato causou indignação na família de Gisélia Anjos.
Revolta
Os irmãos José Rony; Hiago dos Anjos e o esposo de Gisélia Anjos, Douglas Pereira, se dedicam a buscar informações a fim de pedir na justiça que o médico José Aimirim Ferreira e o município de Rio Maria sejam responsabilizados pelo assassinato da vítima. O Hospital Municipal de Rio Maria nem o médico suspeito se pronunciaram sobre a morte da jovem parturiente.
“A dor pela perda de nossa irmã é impagável, mas acredito que todo ciclo ruim um dia tem que passar e esse médico tem um robusto histórico de erros, negligência e intimidação a pacientes; nós só queremos justiça”, diz José Rony Anjos. O recém-nascido passa bem e está sob os cuidados dos avós e do pai. Ele foi registrado com o nome de Gabriel dos Anjos Pereira, mas viverá sem presença física da mãe. (Dinho Santos com informações de Folha do Progresso)
Seja sempre o primeiro a ficar bem informado, entre no nosso canal de notícias no WhatsApp e Telegram. Para mais informações sobre os canais do WhatsApp e seguir outros canais do DOL. Acesse: dol.com.br/n/828815.
Comentar