No dia 24 de julho de 2022 a Polícia Federal cumpriu ordem da justiça e retirou madeireiros, pecuaristas e grileiros que ocupavam a Terra Indígena Trincheira Bacajá, no sudoeste paraense.
A denúncia era de que posseiros estavam criando gado de forma proibida dentro da reserva indígena. Na ocasião, os criadores fugiram deixando o gado para trás. Por isso a PF começou a operação de catalogação e logística de retirada desse gado da terra em questão.
Agora, nesta quarta-feira, 24 de agosto de 2022, um mês depois, a Polícia Federal cumpriu um mandado de prisão e dois mandados de busca e apreensão contra pessoas que impediram a segunda fase da operação de desintrusão da Trincheira Bacajá, iniciada dia 8 deste mês. Os mandados fazem parte da operação Além da Trincheira, na Vila Sudoeste, a cerca de 280 quilômetros da cidade de São Felix do Xingu, no limite sul da Terra Indígena Trincheira Bacajá.
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Após retirar invasores da terra indígena, no fim de julho, a PF passou a acompanhar a Adepará na buscar o gado que ficou na área, para fazer sua seleção, embarque e destinação, em cumprimento à determinação do Supremo Tribunal Federal, no âmbito da Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental - ADPF nº 709/2020.
Porém, um grupo de manifestantes impediu o trabalho de manejo do gado feito pela Adepará, para retirada dos bovídeos encontrados na Terra Indígena.
Dessa forma, a Justiça Federal de Redenção expediu os mandados contra os líderes do movimento, cumpridos nesta quarta, além de autorizar a quebra do sigilo de dados e telemáticos dos investigados.
A ação visa reunir maiores elementos de prova contra líderes do movimento que impediu o a 2ª fase da Operação de desintrusão da Trincheira Bacajá, além de identificar outras pessoas que participaram dos protestos, para fins de responsabilização.
A Polícia Federal apura a prática de crimes de desobediência, incitação ao crime, invasão de terra da União e exploração econômica de terras públicas, cujas penas somadas podem variam de dois anos e oito meses a oito anos de prisão.
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