Mais de cento e vinte policiais militares participaram da simulação, que contou com reféns fictícios, tiros de festim e bombas tipos charutos (bombas de São João), para poder expressar, de forma mais realista possível, como seria na prática uma situação real de um ataque criminoso conhecido como “novo cangaço”. O nome é dado ao tipo de ocorrência envolvendo quadrilhas que, invadem cidades, geralmente em áreas de pouco efetivo policial, para assaltar agências bancárias e empresas de transporte de valores.
O efetivo policial escalado para a simulação contou com militares do Departamento Geral de Operações (DGO), Comando de Missões Especiais (CME), Comando de Policiamento Regional II (CPR II), Batalhão de Rondas Ostensivas Motorizadas (ROTAM), Batalhão de Operações Policiais Especiais (BOPE), Batalhão de Polícia Rodoviária (BPRV), Batalhão de Ações com Cães (BAC), Grupo de Patrulhamento em Ambiente Rural (GPAR), Grupamento Aéreo de Segurança Pública (GRAESP), Assessoria de Comunicação (ASCOM), além do apoio do Corpo de Bombeiros Militar do Pará (CBMPA) e do Departamento Municipal de Trânsito e Transporte Urbano (DMTU).
Inicialmente, os militares se reuniram no auditório do colégio com supervisão militar Rio Tocantins (CMRIO), onde foram repassadas as orientações sobre como seriam realizadas cada etapa das simulações e qual seria o papel de cada policial na ação. Na ocasião, alguns militares foram selecionados para assistirem todas as simulações e ao final, avaliarem positiva ou negativamente cada ação realizada.
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Após o repasse das coordenadas, os policiais se deslocaram até a cabeceira da ponte sobre o Rio Itacaiúnas, onde os criminosos fictícios interditaram a via com um veículo em chamas para conter o avanço de um possível reforço policial. Na sequência, foi realizado um ataque ao quartel do 34° BPM, onde os militares que estavam de plantão foram surpreendidos pelos criminosos fictícios.
A segunda atividade contou com uma simulação de ataque à base da empresa de transporte de valores Prosegur, onde os funcionários depositariam uma grande quantia em dinheiro, porém, acabaram sendo surpreendidos pelos criminosos fortemente armados, ocupando a região e utilizando reféns para estabelecer um cordão humano.
A terceira e última simulação contou com um intenso confronto entre os criminosos e os policiais rodoviários estaduais, que realizavam uma barreira próximo à estrada do Rio Preto, situação esta que não é recomendada em ocorrências dessa magnitude.
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Finalizando as simulações, os policiais realizaram uma ação, baseada em um plano de contingência, ação esta mais recomendada para situações deste tipo. Por fim, equipes do Batalhão de Ações com Cães (BAC) e Batalhão de Operações Policiais Especiais (BOPE) e Grupo de Patrulhamento em Ambiente Rural (GPAR) adentraram na mata para realizarem uma varredura completa por toda a extensão da área, com a ajuda do helicóptero do Grupamento Aéreo de Segurança Pública (Graesp).
Avaliação
Para o comandante do Comando de Missões Especiais, Coronel Araújo, todas as simulações foram realizadas conforme o planejado. “Essa simulação representa um marco histórico na instituição", declarou. "Idealizada pelo nosso comandante-geral, Coronel Dilson Júnior, por intermédio do Departamento Geral de Operações, tem como objetivo simular uma situação próxima à realidade, envolvendo várias unidades, principalmente a tropa local e o reforço que segue da capital para fazer frente a essa criminalidade violenta que vem evoluindo seu domínio sobre as cidades, no qual os criminosos se organizam e fazem frente à instituição financeira e também transportes numerários", salientou.
Ainda segundo o comandante, o objetivo é reunir esforços no âmbito da Polícia Militar do Pará e servir de laboratório para que a instituição possa trazer da prática para um protocolo de atuação e fazer frente à possíveis ações criminosas. "Estendendo para os outros comandos regionais, para ser um protocolo padrão da PM para atuação no âmbito do Estado", disse.
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"É a primeira simulação que fazemos, no âmbito da Polícia Militar do Pará. Já ocorreu em outros estados, mas nenhuma foi feita com essa praticidade, no sentido de fomentar todas as simulações e todos os cenários que ocorrem no enfrentamento dessa natureza. Então, vamos simular quatro etapas, sendo barricada em ponte, ataque à Unidade Policial Militar, ataque ao alvo criminoso que, no nosso caso simulado, é um uma transportadora de valores, além de finalizar com um confronto com os criminosos caindo no bloqueio da PM”, enfatizou Coronel Araújo.
Já para o comandante do CPR II, Coronel Dayvid, a simulação foi bastante satisfatória. “A importância de trazer esse exercício simulado para Marabá remonta aos efeitos históricos que aconteceram aqui, usando o estudo de caso para cada dia aperfeiçoar", declarou.
"Então ficamos muito felizes com a simulação, com o comandante-geral, Coronel Dilson Júnior, por ter designado o Comando de Missões Especiais para poder avaliar o nosso plano de ação, nosso plano de resposta, para que possamos aperfeiçoar, não somente as práticas do CME no terreno do interior, mas também para que a nossa tropa possa interagir com a Polícia Militar e com os outros órgãos, independente do horário e do dia da semana, para que possamos trazer segurança para os cidadãos de Marabá”, disse Coronel Dayvid.
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