Diferentemente do que está sendo compartilhado em redes sociais, Sara Nunes Ferreira, 21 anos, segue presa por conta de ter matado a colega de trabalho dela, Ana Beatriz Silva Machado, 22 anos, crime ocorrido no dia 7 de janeiro deste ano em um bar no bairro Novo Horizonte.
A juíza titular da 1ª Vara Criminal de Marabá Renata Guerreiro Milhomem, durante audiência de custódia, realizada no dia 8 de janeiro deste ano, manteve a acusada presa por entender que o crime causou grande comoção e repercussão, além do fato de, aparentemente, ter sido premeditado.
Por estes e outros fundamentos a magistrada entendeu pela conversão da prisão em flagrante em prisão preventiva, ou seja, manteve a ré presa.
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Em verdade, neste primeiro momento, a magistrada pouco pode fazer neste caso no sentido de soltar a ré, muito embora tenha ouvido os argumentos do advogado criminalista Arnaldo Ramos que peticionou pela revogação da prisão preventiva da acusada, o que foi negado pela juíza, e novamente, manteve a ré presa.
Os argumentos do advogado dizem respeito à, em tese, boa conduta da ré, já que ela tem endereço fixo, assim como atividade lícita, ou seja, é trabalhadora e tem registro em carteira, mas de nada adiantou.
Assim, o próximo passo do advogado, ou o caminho natural que o processo deve seguir, é a petição de um Habeas Corpus no Tribunal de Justiça do Estado do Pará onde, novamente o causídico deve apresentar novos argumentos para tentar convencer um desembargador quanto à possibilidade da ré responda ao crime em liberdade.
A promotora criminal Cristine Magella entendeu também que a ré não apresentou nenhum fato novo que ensejasse na liberdade dela e por este motivo seguiu o rito normal nesse tipo de crime, ou seja, a prisão por se tratar de um crime grave, já que a vítima foi morta com seis golpes de arma branca. “Dada a gravidade deste fato, foi um fato premeditado, não há de falar que foi um crime ocasional”, comenta a promotora se colocando favorável à manutenção da prisão preventiva da ré.
Quando a motivação do crime, este é um assunto, que segundo uma fonte mais do que segura e confiável, deve ser discutido no decorrer do processo. Contudo, entre uma informação e outra, a reportagem apurou que as duas tinham uma desavença. Em áudio divulgado nas redes sociais, a acusada Sara Ferreira, se dirige a uma amiga em comum e diz que se encontrasse com a Ana Beatriz naquela noite, seria preferível que a vítima se encontrasse com Deus, pois não iria dar certo.
Fatidicamente, ambas se encontraram em um bar na rua Fortunato Simplício Costa, no bairro Novo Horizonte, onde Sara Ferreira, armada com uma arma branca, desferiu seis golpes em Ana Beatriz, que ainda foi socorrida, mas faleceu.
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