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DISPARO ACIDENTAL?

Juiz mantém policial militar preso por matar professor no PA

O crime aconteceu na madrugada do último dia 12 de janeiro deste ano em Anapu, sudoeste do Pará

Imagem ilustrativa da notícia Juiz mantém policial militar preso por matar professor no PA camera O professor Lucas Silva Borges foi morto por tiro após briga corporal com o PM | Divulgação

O juiz titular da Comarca de Anapu, Giordanno Loureiro Cavalcanti Grilo, manteve preso o policial militar Dassey Renan Amorim Alves por conta da morte do professor Lucas Silva Borges. O crime aconteceu na madrugada do último dia 12 de janeiro deste ano.“A sociedade espera que os agentes da lei cumpram com seu dever de forma devida”, reza trecho da sentença de prisão preventiva decretada pelo juiz.

O magistrado se baseou no artigo 312 do Código de Processo Penal (CPP) para justificar a decretação da prisão preventiva, entretanto deixou claro que tal medida não significa dizer que o policial é culpado.

Por fim o magistrado destaca: “Vale ressaltar que até o presente momento, as provas coligidas nos autos não têm suporte apto suficiente para condenar o investigado”, disse. “Deve ser sopesado o fato de que a prisão processual não antecipa culpa, pois para a decretação da prisão preventiva não é necessária a mesma certeza que deve ter o juiz para a condenação do réu”, ressalta.

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O professor foi morto com um tiro de pistola pertencente à PM e que está acautelada em nome do policial. A reportagem teve acesso ao depoimento de três pessoas, uma delas seria ex-namorada do Lucas e que atualmente estaria se relacionando com o policial militar.

Uma terceira pessoa, amigo do policial militar, também foi ouvida pelo delegado João Vitor de Assis Tepedino. Entre a morte e a decretação da prisão preventiva do acusado, o hiato foi de apenas 48h.

A versão do acusado

O depoimento de Renan Alves traça uma sequência de eventos que culminaram com o crime. Ele diz que saiu com Luciana Pereira dos Reis para desfrutar de uma noite e estiveram em vários barzinhos da cidade, por volta de 1 da madrugada os dois foram até a casa da jovem.

Foi neste momento que a vítima chegou e se estranhou com o acusado a ponto de ambos se engalfinharem. De acordo com o PM, o professor chegou tomando satisfação com ele e teria dito: “Tá achando porque tu és polícia vou ter medo?” e em seguida teria desferido um soco no tórax do policial, dando início a uma briga.

Dessa briga, segundo o PM, a arma dele teria disparado acidentalmente e que ele não tinha a intenção de matar o professor e que não sabia que a vítima seria ex-namorado de Luciana. Quanto às lesões descritas pelo Renan Alves, os peritos do IML João Alves Nicássio e Ana Maria Oliveira Nunes Franco descreveram em laudo que o corpo do policial militar estava com vários machucados, no rosto, face lado esquerdo, assim como escoriações nos braços e região auricular oriundas de ação contundente.

O policial militar segue preso e em atenção à determinação do Superior Tribunal de Justiça (STJ), o juiz Giordanno Grilo, decretou segredo de Justiça durante a tramitação do processo. O PM está sendo defendido pelo escritório criminal de Marabá liderado pelo advogado Arnaldo Ramos e que tem como tese a legítima defesa.

Segundo os advogados, um pedido de Habeas Corpus está sendo peticionado junto ao Tribunal de Justiça do Estado do Pará a fim que o acusado possa responder ao crime em liberdade. (Com apoio de Edinaldo Sousa)

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