Por conta do fim da prisão temporária, a Justiça soltou Deidyelle de Oliveira Alves. Ela é acusada de ter ocultado o corpo da tatuadora Flávia Alves Bezerra, que teria sido assassinada pelo marido dela, William Araújo Sousa,que também é tatuador.
Esse crime ocorreu em abril deste ano em Marabá, sudeste do estado e causou grande comoção na cidade. Will Sousa como é conhecido e Flávia Bezerra foram vistos saindo de um bar ao amanhecer do dia 14 de abril, contudo após isso a jovem desapareceu e o corpo dela foi localizado numa estrada vicinal do município de Jacundá, distante cerca de 100 quilômetros de Marabá.
Investigação policial identificou que “Will Sousa” seria o autor do homicídio e a esposa dele, a Deidyelle Alves, teria ajudado na ocultação do cadáver.
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Will Sousa segue preso preventivamente, enquanto ela foi solta, uma vez que se trata de um crime, a ocultação de cadáver, com pena de até quatro anos e por este motivo pode responder em liberdade.
Para a Justiça, Deidyelle Alves contou que foi obrigada pelo marido a ajudar a ocultar o corpo de Flávia Bezerra.
Para o advogado criminalista, José Rodrigues, a Justiça não poderia manter a cliente dele presa, já que se trata de um crime cuja pena é de no máximo quatro anos e que a mulher foi obrigada pelo marido. “Ela disse que foi obrigada, e então não tem como ficar presa”, salienta.
Quanto ao marido dela, o “Will Sousa”, segue preso aguardando novo pronunciamento da Justiça. Esse caso, por envolver violência contra a mulher, tramita na Vara de Violência Doméstica à frente o juiz Alexandre Hiroshi Arakaki e segue em segredo de Justiça.
PROTESTO
No início da noite do último sábado (25), familiares e amigos de Flávia Alves realizaram um manifesto para cobrar por justiça. O ato aconteceu às margens da BR-230 e seguiu pelas ruas do bairro Liberdade, no núcleo Cidade Nova.
Com faixas, cartazes e usando camiseta com fotos de Flávia, eles pediam justiça. Também participou do protesto mulheres de movimentos sociais.
A mãe de Flávia, Paula Carneiro, lamentou o fato de Deidyelle Oliveira ter sido solta. “O sentimento é de revolta, porque todo mundo viu, tem vídeo, tem tudo por aí espalhado na internet. Ela ajudou a levar minha filha, tem o vídeo dela lá no estacionamento de onde ela morava. Minha filha estava morta dentro do carro, ela não chamou ninguém porque ela não quis. Se ela quisesse, ela teve todo o tempo do mundo e passou 11 dias deitadinha lá, mexendo na internet, procurando, olhando, vendo a gente procurar e calada ela não falou porque ela não quis”, disse.
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