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TERRA INDÍGENA KAIAPÓ

PF descobre que policiais são donos de garimpos no Pará

Segundo a investigação feita pela Polícia Federal, pelo menos quatro policiais civis e militares são proprietários de um garimpo ilegal dentro de reserva indígena

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Imagem ilustrativa da notícia PF descobre que policiais são donos de garimpos no Pará camera Segundo a investigação, nos dois últimos anos a organização ‘lavou’ mais de três toneladas de ouro de terras indígenas por meio de compra e venda de ouro | Nacho Doce

Investigação conduzida pela Policia Federal de Redenção aponta que pelo menos quatro policiais civis e militares do Pará são donos de um garimpo ilegal de ouro dentro da reserva indígena Kaiapó.

Ele foram presos a quando da deflagração da operação “Bruciato”, da Polícia Federal, em setembro deste ano.

Segundo a investigação, nos dois últimos anos a organização ‘lavou’ mais de três toneladas de ouro de terras indígenas por meio de compra e venda de ouro por intermédio da empresa Dente Di Leone, pertencente ao ex-vereador e empresário de Redenção, Pedro Lima dos Santos.

Sua empresa, a mineradora, teria usado um “garimpo fantasma” para esquentar 3 toneladas de ouro ilegal, comercializados por R$ 847 milhões. Além da TI Kayapó, a suspeita é de que o esquema tenha se abastecido também com minério da TI Yanomami, em Roraima.

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Respondem processo na Justiça Federal por conta de garimpo ilegal, os policiais militares Paulo Henrique Santos Pereira, David Jerry Ribeiro dos Santos, ambos são terceiro sargento da PM; Vinicius Sousa Dias, delegado da Polícia Civil de Redenção e o escrivão Danillo Santos Silva.

Essa investigação teve início há mais de um ano. Um dos estopins foi o assassinato do garimpeiro Raí Souza Lima, morto a tiros quando seguia dentro de uma van. A investigação aponta o autor como sendo o terceiro sargento da Polícia Militar Paulo Henrique Santos Pereira.

Dias antes de ser executado, o garimpeiro Raí usou as redes sociais para ameaçar os policiais. “Vem que eu quero te arrebentar. Vem e chama mais homens”, gritava o garimpeiro em um quadriciclo, enquanto circulava pelo garimpo Maria Bonita, o maior aberto na área indígena. “No Maria Bonita não existe mais milícia”, acrescentou.

As ameaças eram parte de uma “disputa territorial” pelo comando do garimpo, segundo a investigação policial. Os acusados teriam laços com um esquema ainda maior de mineração ilegal, que envolvia um político responsável por “esquentar” (legalizar) ouro extraído de várias regiões da Amazônia.

Os mandados de prisão foram cumpridos por ordem do juiz federal Carlos Chaves, titular da 4° Vara Criminal do Tribunal Regional Federal do Pará por onde tramita o processo.

É longa e extensa a lista de crimes dos quais os acusados podem ter envolvimento e vão desde lavagem de dinheiro, exploração de garimpo ilegal, tráfico de drogas, associação criminosa. Ao todo, são pelo menos treze pessoas envolvidas, ou com indícios de envolvimento em tais crimes. E tem de tudo, de empresário, policial, marido de juíza, entre outros.

DEFESA

O advogado Wilson Mota Martins Júnior, defende o terceiro sargento Paulo Henrique Santos Pereira e afirmou que o direito de defesa vem sendo cerceado desde o início da operação Bruciato, pois o seu cliente e os demais investigados não tiveram acesso, no momento da prisão, à decisão que decretou a prisão preventiva, e que os advogados dos policiais só tiveram acesso um dia depois, no momento da audiência de custódia.

O advogado Carlos Godoy, que defende o delegado, Vinicius Sousa Dias, disse que vai se manifestar apenas no inquérito policial. Até o momento, ele diz não ter conseguido acesso às investigações e que isso “cerceia o direito da defesa”.

De sua parte, a Polícia Civil do Pará, por meio de nota, informou que os policiais foram afastados das funções e estão à disposição da Justiça. A PM do Pará não respondeu ao pedido de comentário.

O advogado Marcelo Mendanha, que defende Jerry Ribeiro dos Santos e Danillo Santos Silva critica a falta de acesso à investigação. Segundo ele, seus clientes foram submetidos à audiência de custódia sem conhecerem os motivos da prisão. Mendanha diz que teve acesso aos documentos mais de uma semana após a operação ser deflagrada o que ele entende ser prejudicial à defesa dos clientes dele. (Com apoio de Edinaldo Sousa)

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