Jovem morre eletrocutada durante trabalho de colheita de açaí

A Polícia Civil de São Paulo começa as investigações para identificar os motivos que levaram a morte de uma jovem de 22 anos, após levar uma forte descarga elétrica enquanto trabalhava colhendo açaí em uma plantação.

Segundo informações de testemunhas, Diana Francine, de 22 anos, foi eletrocutada enquanto trabalhava em uma fazenda na Estrada da Palmavalle em Cajati, interior de São Paulo. O acidente aconteceu na última quarta-feira (7), mas tem ganhado repercussão nos últimos dias.

Nas redes sociais, a família de Diana lamenta a morte da jovem e pede por justiça. A madrasta da vítima, Naiara Lima, trabalha como tratorista na mesma fazenda e estava no local na hora do acidente. Naiara afirmou ao portal Metrópoles que Diana não estava usando equipamento de proteção individual (EPI) no dia.

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Uma tia da jovem, Nathy Fenix Aurélio, usou as redes sociais para publicar um vídeo em que a sobrinha aparece trabalhando sem nenhum equipamento de proteção.

Segundo a madrasta, no dia do velório de Diana, a empresa promoveu uma palestra sobre segurança no trabalho. “Coisa nunca feita antes. Estou lá há dois anos e nunca vi nenhuma palestra”, lamentou.

Dinâmica do acidente

Diana, Naiara e uma outra funcionária da fazenda estavam colhendo açaí. “A rede elétrica fica muito próximo da plantação e não tínhamos instrução sobre o local, pois nunca tínhamos trabalhado ali”, revelou.

“Eu fui até o pé com a escada e falei pra ela: ‘aqui tem açaí’. Ela respondeu: ‘tá bom’ e eu ouvi um barulho de descarga elétrica. Quando olhei, ela estava caída no chão. Eu entrei em desespero, gritei por ajuda e corri até a sede para chamar os patrões”, lembrou a madrasta.

A jovem foi colocada na caminhonete do patrão e levada ao encontro de uma ambulância. Naiara fez massagem cardíaca e respiração boca a boca na enteada, mas, de acordo com ela, o grau da descarga elétrica foi tão grande que ela morreu no local.

A reportagem pediu um posicionamento à Palmavalle AgroIndustrial LTDA, mas não obteve resposta até o fechamento desta reportagem. O espaço segue aberto para atualizações.