
A Polícia Civil do Pará, em cumprimento a decisão judicial, cumpriu mandados de busca e apreensão em três cidades paraenses e o Distrito Federal com o objetivo de desarticular uma série de crimes cometidos contra a ordem tributária e lavagem de dinheiro. A operação “Algoritmo” foi realizada na manhã desta quarta-feira (28) nas cidades de Belém, Marabá e Parauapebas, no Pará, e também no Distrito Federal.
A ação foi realizada pela Diretoria de Combate à Corrupção (Decor) e da Divisão de Repressão à Lavagem de Dinheiro (DRLD) e cumpriu nove mandados judiciais de busca e apreensão e contou com o apoio da Decor/DF, do Núcleo de Inteligência Policial, da Diretoria Estadual de Combate a Crimes Cibernéticos (DECCC) e da Secretaria da Fazenda do Estado do Pará (Sefa).
A ação é parte de uma investigação em curso que apura a prática de crimes contra a ordem tributária e lavagem de dinheiro, envolvendo um grupo empresarial com atuação em múltiplos ramos econômicos, vinculados à Leolar Holding.
Veja também:
- Polícia apreende dois jovens por crimes cibernéticos no Pará
- Vídeo: cobra devora iguana em posto de saúde em Marabá
- Padre Patrick se torna cidadão honorário de Parauapebas
“As investigações, iniciadas a partir de relatórios de inteligência financeira, revelaram indícios de sonegação fiscal, ocultação de patrimônio e tentativas de burlar bloqueios judiciais por meio de movimentações bancárias atípicas”, informou o delegado Fausto Bulcão, diretor da Decor no Pará.
“Algumas empresas do grupo operavam com saldos bancários diariamente zerados e estavam sediadas em um escritório de contabilidade, o que reforça as suspeitas de esquema de blindagem patrimonial”, explicou o diretor.

Durante o cumprimento dos mandados judiciais, foram apreendidos aparelhos celulares, documentos diversos, materiais contábeis, equipamentos e dispositivos eletrônicos, além de considerável quantia de dinheiro em espécie. Uma pistola de calibre ponto 380, acompanhada de 50 munições intactas, foi apreendida e apresentada na Seccional Urbana de Marabá, para as providências legais cabíveis.
A Justiça autorizou ainda a quebra dos sigilos fiscal e bancário dos investigados, além do bloqueio de valores no montante aproximado de cinco milhões de reais.
“As investigações permanecem em curso, com o objetivo de identificar todos os envolvidos no esquema criminoso. A Polícia Civil do Estado do Pará reitera seu compromisso institucional com o combate rigoroso aos crimes contra a ordem tributária, atuando em defesa do interesse público”, afirmou o diretor Fausto.
LEOLAR
A Leolar foi um grupo econômico com sede no estado do Pará, fundada pelo empresário Leonildo Rocha, que possuía filiais nos estados do Tocantins e Maranhão. Teve origem no Pará, onde iniciou como uma gráfica e atuava em diversos segmentos, destacando-se nos setores: siderurgia (Maragusa), telecomunicações (Serviços Provedor Leolar), informática (Borges Informática), plantio, manejo e carbonização de eucalipto (Marabá Reflorestadora), varejo (Leolar Magazine), entre outros segmentos. O espólio dos negócios do grupo atualmente resume-se a participação em centros de compras, imóveis e propriedades rurais.

Em 3 de julho de 2013 morreu o fundador da empresa, Leonildo Rocha. Desde então, o grupo passou a enfrentar uma profunda crise, que culminou com o fechamento dos carros-chefe, a Magazine Leolar — que chegou a formar a Leo-Maxxin por um curto período, antes de encerrar definitivamente — e a Maragusa.
HOLDING
Uma holding é uma empresa que se dedica a deter e gerir participações em outras empresas, sem estar envolvida diretamente na produção ou venda de bens ou serviços. Em outras palavras, é uma empresa que atua como uma empresa mãe, controlando e orientando as operações das empresas que estão sob seu domínio.
Seja sempre o primeiro a ficar bem informado, entre no nosso canal de notícias no WhatsApp e Telegram. Para mais informações sobre os canais do WhatsApp e seguir outros canais do DOL. Acesse: dol.com.br/n/828815.
Comentar