“Quero eletrificar a Alpine para que ela se insira na eternidade”. Este comentário foi feito por Luca de Meo, pouco após sua chegada ao grupo Renault. E o desafio foi aceito por Laurent Rossi (CEO da Alpine) e pelos engenheiros da marca. Em menos de 1 ano, se concretizou o audacioso desafio, que foi além, com a apresentação do conversível elétrico A110 E-ternité, que serve de ligação entre um passado de grande prestígio e um futuro 100% eletrificado - e que é atração neste domingo (24/07/2022) no Grande Prêmio da França de Fórmula-1, que pode ser visto na RBA/Band a partir das 10:00.
Comprometido com a motorização elétrica há mais de 10 anos, o grupo Renault é pioneiro neste tipo de propulsor. A chegada de Luca de Meo e o anúncio de uma gama 100% elétrica na Alpine permitiram um claro direcionamento para as equipes. E o A110 se tornou um laboratório para estes trabalhos de pesquisa, por ser reconhecido pela sua leveza e agilidade.
No E-ternité, os módulos de baterias são idênticos aos do Mégane E-Tech 100% elétrico, mas foi necessário projetar estruturas de proteção específicas e adaptar a arquitetura interna para se obter uma distribuição equilibrada do peso e instalar os 12 módulos de baterias. Para isso foram instalados 4 módulos na frente e 8 atrás. E, mesmo assim, ele se manteve bastante leve, com aumento de apenas 258 quilos, graças ao peso contido do conjunto de baterias (392 quilos).
Para que o desempenho não provocasse aumento de energia (que requer baterias maiores), foi incluída uma transmissão inovadora, eficiente e macia, que não provocasse a quebra de torque e fosse leve e compacta. Daí surgiu uma com dupla embreagem e controle eletrônico semelhante à do A110 a combustão, mas capaz de atingir um torque mais alto. A orientação era simples: eletrificar o A110, mantendo a performance, o equilíbrio e a agilidade.
O E-ternité conseguiu e ainda ganhou inovações como um multimídia inovador, um sistema de áudio com tecnologia de ponta e uma capota inovadora e sem ruídos, além de materiais que aliam robustez e sustentabilidade – alguns feitos a partir do linho, que é tão resistente quanto o carbono e gera melhor performance acústica. O multimídia usa o tablet pessoal do motorista pra oferecer uma natural conectividade, baseada no Android e permitindo centralizar todos os aplicativos do usuário num único aparelho. A solução foi ligar a fiação direto no painel, mantendo o mesmo computador de interface eletrônica. O sistema de áudio associa 8 alto-falantes e um subwoofer pra criar uma experiência de som surround, com a inclusão de uma via central e duas caixas acústicas na traseira. E o teto conversível foi integrado à estrutura do E-ternité – uma solução que não afetou a rigidez, graças a duas estruturas feitas com carbono reciclado.
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