“Quero eletrificar a Alpine para que ela se insira na eternidade”. Este comentário foi de Luca de Meo, após sua chegada ao grupo Renault. E o desafio foi aceito por Laurent Rossi (CEO da Alpine) e pelos engenheiros da marca. Em menos de 1 ano, se concretizou o desafio, que foi além, com a apresentação do conversível elétrico A110 E-ternité, que serve de ligação entre um passado de grande prestígio e um futuro 100% eletrificado. Comprometido com a motorização elétrica há mais de 10 anos, o grupo Renault é pioneiro neste tipo de propulsor. A chegada de Luca de Meo e o anúncio da gama 100% elétrica na Alpine permitiram um direcionamento às equipes. E o A110 virou um laboratório para estes trabalhos de pesquisa, por ser reconhecido pela leveza e agilidade.
No E-ternité, os módulos de baterias são idênticos aos do Mégane E-Tech 100% elétrico, mas foi preciso projetar estruturas de proteção específicas e adaptar a arquitetura interna pra se obter distribuição equilibrada do peso e instalar os módulos de baterias. E mesmo assim ele se manteve leve, com aumento de 258 kg graças ao peso das baterias (392 kg). Para que o desempenho não provocasse aumento de energia, foi incluída uma transmissão inovadora, que não provocasse quebra de torque. Daí surgiu uma com dupla embreagem e controle eletrônico similar à do A110 a combustão.
A orientação era simples: eletrificar o A110, mantendo performance, equilíbrio e agilidade. O E-ternité conseguiu e ganhou multimídia inovador, sistema de áudio com tecnologia de ponta e teto conversível sem ruídos, além de materiais que aliam robustez e sustentabilidade – alguns feitos a partir do linho, que é tão resistente quanto o carbono e gera melhor performance acústica. O multimídia usa o tablet do motorista pra oferecer natural conectividade, baseada no Android e permitindo centralizar os aplicativos num único aparelho. A solução foi ligar a fiação no painel. O sistema de áudio associa 8 alto-falantes e subwoofer pra criar uma experiência surround, com a inclusão de via central e duas caixas acústicas atrás. E o teto conversível foi integrado à estrutura – solução que não afetou a rigidez, graças a estruturas com carbono reciclado.
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