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DIA NACIONAL DO FUSCA

Reparos que deixam o 'Besouro' jovem

Profissionais da Henkel e da Motul dão orientações de manutenção para conservar o Fusca, que deixou de ser produzido nos anos 90, mas que ainda continua no coração dos brasileiros

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Imagem ilustrativa da notícia Reparos que deixam o 'Besouro' jovem camera ( Divulgação

O Dia Nacional do Fusca, celebrado todo 20 de janeiro (início da produção do modelo no Brasil, em 1959), eterniza a importância desse automóvel que é valioso para colecionadores e que continua nas ruas mesmo depois de mais de 25 anos de encerramento da sua produção. O Fusca cativou pela simplicidade e versatilidade. A maior prova do sucesso é que nenhum outro carro de passeio teve tanto tempo de produção quanto ele: 30 anos (de 1959 a 1986 e de 1993 a 1996). Mas pra continuar ‘jovem’, ele precisa de cuidados no reparo e na manutenção. E aqui vão orientações para manter sua vitalidade.

RODAS DE LIGA LEVE SEM ‘CICATRIZES’ – Ao longo dos anos, muitos Fuscas ganharam rodas de liga leve dos seus donos. E é natural que esses materiais apresentem riscos e danos prejudiciais à estética. Mas existem maneiras de reparar essas marcas. Para tirar os danos presentes nas rodas de liga leve, no processo de reparo são usados adesivos híbridos sobre as áreas danificadas, que ‘curam’ rapidamente em temperatura ambiente. Posteriormente ela é lixada e pintada, ganhando um visual renovado e sem qualquer vestígio do dano.

RELUZENTE E SEM POEIRA – Soluções à base de silicone são as mais indicadas para proporcionar um acabamento interno final após a limpeza, podendo ser aplicado sobre o painel e sobre o console, pois geram uma camada protetora. Produtos como o Loctite SI 5760 devem ser aplicados em porções e espalhados com esponja ou com pano em movimentos circulares, até que o revestimento esteja sobre toda a superfície.

LIMPEZA NO MOTOR – Fuscas muito rodados estão sujeitos a acumular resíduos carbonizados no motor e noutras partes internas. A presença desses resíduos ocorre geralmente pela queima inadequada do combustível. A carbonização excessiva nas áreas internas do propulsor dificulta o fluxo de combustível, aumentando o consumo. Mas a limpeza deve ser feita por profissionais com o uso de descarbonizantes para remover as impurezas de bicos injetores, de pistões, de carburadores, de câmaras de motores e de válvulas de admissão e de escape, entre outros.

SEM CHIADO NA FRENAGEM - A partir do Fuscão, nos anos 70, o uso do freio a disco dianteiro foi implementado. E no momento da troca da pastilha durante a manutenção, recomenda-se produtos silenciadores na pastilha de freio (que contribuem para eliminar o ruído na frenagem) e a vedação das conexões do fluido de freio com vedantes anaeróbicos, que garantem a eficiência do sistema.

LUBRIFICANTE – O Fusca, assim como outros veículos clássicos, precisa de um lubrificante de alta proteção contra desgastes que seja compatível com selos, juntas e outros metais comuns ao motor antigão. A maioria dos carros antigos necessita de lubrificantes com alta viscosidade porque apresenta maiores folgas, se comparados aos modelos modernos. Os veículos clássicos foram feitos para operar com lubrificante formulado totalmente ou parcialmente com óleo básico mineral. E a fim de manter a originalidade do projeto, é essencial aplicar um óleo com o mesmo perfil e que respeite selos, vedações e outros materiais originais.

Como o manual do veículo indica o uso de lubrificantes já obsoletos, se torna complexo seguir a recomendação idêntica à apresentada no tutorial. Por exemplo: num Fusca do final da década de 70, a recomendação é usar um óleo com nível API SE, cuja comercialização não é mais permitida para lubrificantes convencionais, segundo a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis. O fabricante deve seguir o aviso original para viscosidade e ao menos aplicar um produto compatível com o projeto do motor, independentemente da quilometragem. E há uma grande diferença entre os intervalos adotados na manutenção preventiva de um veículo antigo e de um moderno.

A troca de óleo do motor dos carros atuais pode superar os 10 mil km ou 1 ano, enquanto que, nos clássicos, como o Fusca dos anos 60, esse período deve ser de 2.500 km ou 6 meses. É indispensável que o proprietário esteja atento aos prazos, porque o processo de oxidação do lubrificante ocorre mesmo que a quilometragem não seja atingida.

Para atender as exigências de veículos antigos, a Motul tem a linha Classic, com óleos de motor exclusivos para cada aplicação, que vão de minerais monoviscosos de baixo poder detergente a semissintéticos multiviscosos com médio poder de detergência, feito para clássicos mais modernos. Entre os aditivos, um estabilizador aumenta a vida útil da gasolina e previne a degradação do combustível armazenado por longos períodos. Já o aditivo à base de fósforo impede o desgaste de válvulas em motores concebidos para uso de gasolina com alto teor de chumbo.

COLOQUE PRA RODAR – Mesmo um automóvel de coleção deve ser colocado regularmente e sempre que possível nas ruas, para manter o funcionamento e as peças lubrificadas. Em muitos casos, é conveniente deixar o motor funcionando por um tempo, para assegurar que a lubrificação seja ideal para o aumento da vida útil do motor. É uma forma do dono do veículo evitar danos e aproveitar o momento para ficar atento a qualquer anormalidade de funcionamento antes de sair com o carro.

Se ficar longo tempo parado, o automóvel antigo precisará de manutenção diferenciada e de produtos adequados. O filme lubrificante, por exemplo, deve ter capacidade superior de adesão, para que perdure por mais tempo, mesmo que o motor fique em repouso, sem a circulação do óleo. Esse cuidado garante proteção contra corrosões e uma partida eficaz após o período de inatividade.

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