Quando o Brasileiro começou, as expectativas do PSC eram altas, como devem ser as expectativas de todo time que se prepara para uma competição importante. As muitas contratações realizadas foram pensadas para contemplar o objetivo de brigar pela “parte de cima” da tabela. A realidade é que, depois de 24 rodadas, o cenário é de desalento.
As ambições foram realinhadas ainda no 1º turno, quando em entrevista o técnico Hélio dos Anjos foi realista sobre as pretensões da equipe na Série B. Garantir a permanência é importante e significa muito diante dos investimentos de outros clubes, ele disse.
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Desde então, o time só fez perder capacidade competitiva, acumulando oito jogos sem vitória e estacionando em posições próximas à zona de rebaixamento. Problemas internos vieram à tona, escancarando uma crise que se mantinha apenas submersa.
Para agravar as coisas, as últimas rodadas trouxeram uma sequência de lesões que enfraqueceram ainda mais a equipe. Contra o Goiás, na rodada passada, a quantidade de desfalques chegava a quase um time inteiro. É muita coisa, principalmente para um momento de pressão por resultados.
É o que ocorre hoje em escala menor para o confronto com o Amazonas (às 21h30, na Curuzu). Alguns titulares já estão disponíveis, mas o time ainda tem poucas alternativas para o ataque e sente a falta de jogadores importantes, como Nicolas, Kevyn e Jean Dias.
Conquistar a vitória diante de um adversário que sempre criou problemas jogando em Belém é um grande desafio. O fato animador é que, nesta Série B, em situação semelhante no início da disputa, o PSC conseguiu derrubar o favorito América-MG dentro da Curuzu.
Diante da necessidade de gols, o time deve entrar com uma formação ofensiva, capaz de intimidar e prevalecer sobre o Amazonas. Yony Gonzalez é o mais adiantado, tendo a provável companhia de Juninho, como na última partida.
Esli García, artilheiro da equipe, segue como uma incógnita na escalação. Marcou um golaço contra o Goiás, mas, na opinião do técnico, não tem “sustentação” e vive de “lances isolados”, o que indica que seguirá como segunda ou terceira opção no banco de reservas.
A possibilidade mais interessante (e lógica) seria o aproveitamento de Esli como parceiro de ataque de Yony e Juninho, tornando a movimentação mais leve e rápida. O meio-de-campo deve contar com João Vieira, Matheus Trindade e Juan Cazares.
O Amazonas é o 12º colocado, cinco pontos à frente do Papão, em 15º. Como se vê, a vitória é o único resultado capaz de reabilitar o representante paraense na competição.
ARRANCADA AZULINA TEM A VER COM PAPEL DE PAVANI
Para alegria de seu torcedor, o Remo contrariou prognósticos e chegou ao quadrangular decisivo da Série C. Quem pregava que o mínimo necessário para classificar era marcar 28 pontos, teve que refazer as contas depois que o Leão passou com 26.
Acima desses aspectos, cabe enaltecer o bom momento vivido pelo time. A chegada ao quadrangular coincide com o melhor desempenho na competição. A performance da zaga é um dos pontos altos: nos últimos cinco jogos, o time sofreu apenas dois gols.
Com segurança defensiva, o Leão conseguiu garantir o empate necessário para a classificação diante do São José e parou o melhor time da etapa inicial do campeonato – o Botafogo-PB.
E um jogador encarna como ninguém a fase positiva vivida pela equipe de Rodrigo Santana: Pavani. Foi o atleta que mais evoluiu desde a entrada em cena do técnico, a partir da 5ª rodada. O esquema 3-4-3 foi liderado pelo volante/meia, que tem o posicionamento mais dinâmico e assertivo.
No plano ofensivo, o Remo tem se beneficiado sobremaneira dos passes curtos, da marcação forte e das saídas constantes para troca de ideias com Jaderson, Raimar, Diogo Batista e Pedro Vítor, principalmente.
É no campo defensivo, porém, que Pavani tem brilhado mais. Dá sempre o primeiro combate, mesmo com Bruno Silva em campo, e é importante também no jogo aéreo. Suas atuações têm sido tão boas que, contra o Botafogo-PB, a defesa nem sentiu as ausências de Ligger e Silva.
DORIVAL SINALIZA TRIO DO REAL, MAS ESTÊVÃO PODE ESTREAR
As agruras da Seleção Brasileira nas Eliminatórias, amargando um inédito sexto lugar, contribuem para o clima de expectativa em torno do jogo de amanhã contra o Equador, em Curitiba. O time, agora treinador por Dorival Júnior, não despertava maior interesse, mas o risco de uma inédita ausência na Copa do Mundo fez tudo mudar de figura.
Até mesmo a burocrática convocação de jogadores tem mexido com as atenções da torcida. Quebrar o jejum de vitórias – um empate e três derrotas nas quatro rodadas recentes – é prioridade máxima.
Dorival vem ensaiando um time que poderá ter os três atacantes do Real Madrid na linha de frente. Alisson; Danilo, Éder Militão, Gabriel Magalhães e Guilherme Arana; André, Bruno Guimarães e Lucas Paquetá; Rodrygo, Vini Junior e Endrick. Esta foi a formação titular do primeiro treino.
Estêvão, jovem atacante do Palmeiras e principal revelação da temporada, pode ser uma aposta no lugar de Endrick. Já o botafoguense Luiz Henrique também é cotado para reforçar o ataque com seus dribles em velocidade. Seria oportuno ver caras novas no time, para contrabalançar as mesmices de sempre – Paquetá e o incrível Danilo.
O centroavante Pedro, que podia dar a Dorival a opção por um sistema mais conservador na frente, foi desligado ontem da Seleção devido a uma ruptura no ligamento do joelho, cujo tratamento leva de nove meses a um ano. Para a vaga, João Pedro (Brighton) foi chamado ontem.
Com apenas sete pontos em seis jogos, o Brasil tenta sair do incômodo 6º lugar, última colocação que garante vaga direta no Mundial de 2026.
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