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OPINIÃO

Gerson Nogueira: Paysandu vive um embaraço estatístico

Papão tenta superar retrospecto negativo e quebrar sequência de quatro meses sem vencer fora de casa; Leandro Vilela e Robinho são as apostas para duelo decisivo.

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Imagem ilustrativa da notícia Gerson Nogueira: Paysandu vive um embaraço estatístico camera Robinho, vivendo boa fase, é uma das apostas do Paysandu para vencer a Ponte Preta, na próxima segunda-feira (4), pela Série B. | Jorge Luís Totti/Paysandu

O histórico é inteiramente adverso ao PSC no confronto com a Ponte Preta em Campinas. São quatro vitórias da Macaca, um empate e uma vitória alviceleste no estádio Moisés Lucarelli. O lado positivo é que o único triunfo do Papão ocorreu na mais recente partida entre ambos dentro do estádio da Ponte: 1 a 0 na Série B 2018.

Um outro desafio estatístico no caminho do PSC para o jogo de segunda-feira é a má campanha em jogos fora de Belém neste Brasileiro. Há quatro meses que o Papão não consegue uma vitória como visitante.

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O último triunfo fora de casa aconteceu na distante 12ª rodada, quando a equipe então comandada por Hélio dos Anjos superou a Chapecoense por 2 a 1, de virada, no dia 23 de junho. Os gols foram de Leandro Vilela e Netinho. Aliás, dois golaços.

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Leandro Vilela voltou ao time na derrota diante do Ceará, em Fortaleza, após um mês de inatividade, por conta de uma lesão na panturrilha. Principal parceiro de João Vieira no setor de marcação, Vilela fez falta nesse período de afastamento.

Após atuar por 45 minutos contra o Ceará, a expectativa é de que possa atuar por 90 minutos contra a Ponte Preta. A preocupação, dele e dos demais companheiros, é garantir o mais rápido possível um resultado que contribua para a permanência na Série B.

A recuperação de Vilela dá ao PSC a chance de repetir sua dupla mais entrosada à frente da linha de zagueiros, garantindo marcação mais eficiente e saída qualificada quando a equipe estiver de posse da bola.

Outro nome certo para a batalha contra a Macaca é o meia-armador Robinho (foto), alçado à condição de titular por Márcio Fernandes e que ficou de fora da última rodada, suspenso pelo terceiro cartão amarelo. Pode ser o encaixe para o setor de meia-cancha, um dos pontos fracos – junto com o miolo de zaga – diante do Ceará.

BRASIL AVANÇA PARA A HEGEMONIA NO CONTINENTE

Nos últimos dias, o futebol brasileiro teve quatro confrontos decisivos contra vizinhos sul-americanos, levando ampla e incontestável vantagem, atestando que os tempos são outros nas competições de clubes no continente.

Na Copa Libertadores, o Atlético-MG superou o River Plate, um gigante da competição. No placar agregado, 3 a 0. Uma classificação justa e indiscutível.

O Botafogo despachou outro time de forte tradição nas batalhas sul-americanas: goleou por 6 a 3 (no agregado) o Peñarol, cinco vezes campeão continental, sem deixar dúvidas quanto à sua superioridade.

É a quarta vez que o principal torneio sul-americano terá uma final brasileira. Desta vez, a decisão será jogada no estádio Monumental de Nuñez, em Buenos Aires. Como a disputa é brasileira, o placar de conquistas da Libertadores ficará bem apertado entre argentinos e brasileiros.

Nos anos 60 e 70, os argentinos dominaram amplamente a cena, através de Boca Juniors, River, Independiente e Estudiantes de La Plata, principalmente. Eles valorizavam mais a competição e a vantagem até a primeira década deste século era folgada. Agora, cairá para 25 a 24 conquistas, a caminho de um empate.

Os outros dois confrontos envolveram o Cruzeiro e o Corinthians na Copa Sul-Americana. Os mineiros derrotaram o Lanús, em Buenos Aires, por 1 a 0. O Corinthians foi o único derrotado, ontem, caindo diante do Racing no mítico estádio El Cilindro lotado de fanáticos torcedores.

Aliás, algo em que os argentinos seguem insuperáveis é no amor desmedido pelos seus clubes. A festa que a torcida do River fez no Monumental antes do jogo com o Atlético foi comovente. No final, aplaudiu de pé seus jogadores, apesar da frustrante eliminação.

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