A Associação dos Concursados do Pará (Asconpa) já está com toda a documentação pronta para protocolar, junto ao Ministério Público do Estado (MPE), em Ananindeua, ação civil pública por improbidade administrativa contra o prefeito do município, Manoel Pioneiro. O motivo da ação é a renovação de mais de dois mil contratos de servidores temporários, vinculados à Secretaria Municipal de Educação de Ananindeua.
Os extratos da renovação dos contratos - de professores, pedagogos e auxiliar municipal, foram publicados na edição desta segunda-feira (11) do Diário Oficial do Município. "O problema é que a Prefeitura está contratando para vagas previstas em concurso, cujos aprovados estão apenas aguardando a nomeação", destaca José Emílio Almeida, presidente da Associação dos Concursados. "São mais de duas mil pessoas contratadas para ser cabos eleitorais do prefeito. Isto está muito claro".
Por conta do feriado nas repartições públicas nesta terça-feira (12), a ação civil só será protocolada na proxima quinta-feira (14), às 9h, no MPE em Ananindeua. "Convocamos todos os aprovados para fazermos um grande movimento, pacífico, para exigir nossos direitos", disse José Emílio.
Na ação civil, a Asconpa pedirá a imediata anulação das renovações, a convocação dos aprovados no último concurso público e a realização de seleção pública para o cargo de pedagogo. "A não inclusão do cargo de pedagogo no último concurso - que selecionou apenas professores, é uma atitude intencional para manter os cargos puramente eleitoreiros do Pioneiro".
"A culpa não recai sobre os trabalhadores temporários, mas a Justiça deve ser feita. Temos centenas de aprovados , que têm direito ao cargo de fato e direito", resume José Emílio.
MANIFESTAÇÃO
Está prevista para às 15h desta terça-feira (12) manifestação dos aprovados ao concurso de Ananindeua, na praça da Leitura, em Belém. Eles pretendem chamar atenção da população para
Nas redes sociais, vários outros aprovados no concurso da Prefeitura de Ananindeua também se manifestaram contra a renovação dos contratos dos temporários. "Um ato covarde. O contrato do absurdo, injusto, um tapa na cara dos aprovados no último certame", escreveu Thiago Rosa.
"Nós, professores aprovados no último concurso, não permitiremos que tal ato se constitua! Vamos tomar posse do que é nosso por direito!", desabafou Andrea Parente. "Estes são os cabos eleitorais do Pioneiro. Fiscalização é necessária!", opinou o internauta Francisco Alcy Rodrigues.
(DOL)
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