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Enem: candidatos sabatistas comemoram mudança

Carlos Paz tem 17 anos e está cursando o Convênio. Este ano ele fará o Exame Nacional de Ensino Médio (Enem) pela 3ª vez. Mas dessa vez, a prova terá algumas diferenças. Uma das mais importantes é que, diferente dos anos anteriores, ele não vai mais preci

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Carlos Paz tem 17 anos e está cursando o Convênio. Este ano ele fará o Exame Nacional de Ensino Médio (Enem) pela 3ª vez. Mas dessa vez, a prova terá algumas diferenças. Uma das mais importantes é que, diferente dos anos anteriores, ele não vai mais precisar ficar 7 horas confinado em uma sala de espera, sem contato com o mundo exterior, para realizar a prova no turno da noite, depois dos demais candidatos. Carlos é adventista, religião cujo sábado é sagrado. Ou seja, ele só pode estudar aos sábados depois do pôr-do-sol.

A mudança divulgada na última quinta-feira (9) pelo Ministério da Educação (MEC) troca as datas de realização da prova de sábado e domingo para dois domingos consecutivos em 2017, especificamente, os dias 5 e 12 de novembro. A alteração, feita após uma consulta pública on-line realizada entre os dias 18 de janeiro e 17 de fevereiro, foi recebida com otimismo por Carlos e seus colegas adventistas. “Vai ser muito melhor. O tempo de espera era cansativo, a gente ficava mais ansioso, e isso influenciava na hora de fazer a prova”, conta o estudante.

Mayra Santos, 16, que também vai prestar vestibular este ano e também é adventista, concorda com o amigo. “Não só o cansaço mental do tempo de espera, mas o próprio fato de chegarmos tarde em casa, enquanto os outros tinham tempo para descansar ou revisar o conteúdo do outro dia”, conta, afirmando que isso os deixava em desvantagens em relação aos demais candidatos. “Ano passado saí da prova com muita dor de cabeça”, acrescenta a candidata.

POSITIVA

Para o professor Arnoldo Junior, 47, a mudança é extremamente positiva, não apenas para os praticantes de religiões sabatistas, mas para todos os candidatos. “Muito mais do que uma prova acadêmica, o antigo modelo era uma prova de resistência física desgastante”, afirma o professor se referindo à aplicação da prova em dois dias consecutivos.

Para ele, no segundo dia, os estudantes já estavam cansados e não tinham um desempenho tão bom quanto poderiam. “Muitos alunos meus diziam que não conseguiam ler a prova toda”, adiciona. Para o educador, ter um intervalo de uma semana entre as duas provas permitirá que o estudante se prepare de forma mais especifica para cada uma, além de diminuir a pressão.

Fique atento!

Além das datas, outra mudança na edição de 2017 do exame também foi divulgada. A ordem do conteúdo das provas será diferente dessa vez. Até o ano passado, a primeira prova (sábado) continha as questões de ciências humanas e da natureza, e a segunda (domingo) as de linguagens, matemática e redação. No novo modelo, linguagens e redação virão já no primeiro domingo, junto com as ciências humanas, deixando matemática e ciências da natureza para o segundo dia, uma semana depois.

(Arthur Medeiros/Diário do Pará)

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