A suspensão judicial do concurso público para o cargo de delegado da Polícia Civil de Goiás foi um pedido de urgência feito pela promotora de Justiça Leila Maria de Oliveira em ação civil pública contra o Estado de Goiás e o Centro Brasileiro de Pesquisa em Avaliação e Seleção e de Promoção de Eventos (Cebraspe), organizadora do certame.
De acordo com a promotora, as provas objetivas foram aplicadas no dia 5/02 e em 2/03 foi publicado o resultado definitivo da primeira fase do concurso. Contudo, o resultado causou estranheza nos candidatos em razão da quantidade de aprovados que alcançaram notas superiores a 90 pontos, sendo que a prova objetiva teve alta complexidade e cada questão errada acarretava a perda de 0,25 pontos em relação à nota final.
Em razão das possíveis irregularidades, a Polícia Civil passou a atuar no caso, pela Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Contra a Administração Pública (Dercap), que instaurou o Inquérito Policial nº 036/2017 para investigar a ocorrência de fraude no concurso, o que foi comprovado.
Segundo apontado na ação, além da participação dos envolvidos, há suspeita de envolvimento de empregados do Cebraspe/Cespe na organização criminosa. Isso porque todos os candidatos ouvidos, que não se conhecem, prestaram depoimentos de forma idêntica, afirmando que foram orientados a deixar questões em branco, as quais seriam preenchidas posteriormente por pessoas integrantes da organização criminosa.
“Tal ato que só poderia ser praticado por empregados da própria banca, que possuem acesso aos cartões-resposta dos candidatos após estes serem entregues aos fiscais de prova”, sustentou.
(Com correioweb)
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