Ao longo de todos os anos em que o Exame Nacional do Ensino Médio é realizado, é comum ver diversos estudantes desistindo da segunda etapa da avaliação. Geralmente, isso ocorre devido ao baixo desempenho durante a prova do primeiro dia. De acordo com dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), o número de desistência aumentou na segunda etapa da prova em 2017. 

Quem explica quais motivos podem levar os alunos a desistirem do segundo dia de prova é o professor e um dos fundadores do Programa Semente, Eduardo calbucci. “Muitas vezes as emoções preponderantes na primeira prova são ansiedade e preocupação. Já na segunda, os candidatos podem apresentar sentimentos negativos como frustração e desânimo”.

A pressão psicológica sofrida pelos vestibulandos, como os comentários pós-prova, também pode ser considerada um dos fatores que mais contribuem para a abstenção. “De repente ele escuta algo de um aluno que acha que foi muito bem. O candidato pode dar um peso tão grande a isso, que essa percepção pode acabar afetando o seu resultado no segundo dia.” 

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Na edição deste ano, ao contrário dos anos anteriores, a prova foi programada para dois domingos consecutivos. Essa mudança fez com que os alunos ganhassem distância de uma semana entre as provas. Para Calbucci,  “por um lado, a alteração pode aumentar a ansiedade, mas por outro dá a chance do vestibulando tomar decisões de maneiras mais sensatas”. O professor aconselha a gastar energia com o que ainda pode ser mudado. “Isso está muito ligado a uma algo que nós chamamos de flexibilização cognitiva. O que significa? É você desafiar os pensamentos que estão atrapalhando o seu bom resultado”, explica.

“O candidato precisa focar no futuro, porque ele não pode mudar o passado. Quando pensamos nesse aumento da abstenção, vemos que muitas pessoas não conseguem esse resultado porque falta resiliência e determinação. E, às vezes, esse candidato descobre que, no fim das contas, não tinha ido tão mal no primeiro dia. Independente do que aconteceu na primeira prova, se alguma coisa não deu certo, é preciso transformar aquele erro em aprendizado e fazer com que aquilo não se repita”, atenta o professor.

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CORREÇÃO DO GABARITO

Apesar da maioria dos alunos ficarem ansiosos com a divulgação dos gabaritos preliminares, alguns sentem receio em saber qual o melhor momento para descobrir quantas questões acertou. Para tomar a melhor decisão sobre o assunto, é necessário ter autoconhecimento. É preciso pensar sobre os danos que isso pode causar em sua mente, caso o resultado não seja tão bom quanto o esperado. 

Sobre esse ponto, o professor destaca: “É uma decisão muito pessoal e ninguém além do próprio aluno sabe se ele seria bem ou mal influenciado por um resultado aparentemente ruim". Ele ainda complementou: “Lembrando que o Enem não divulga um gabarito depois do primeiro dia e, se o candidato contar quantas acertou, ele vai usar um gabarito extraoficial, ou seja, não há uma garantia. Outra coisa que precisa ser considerada é que a prova é corrigida por um modelo chamado TRI, onde não importa muito o número de questões acertadas, mas sim a coerência das respostas dadas. Isso significa dizer que, às vezes, um resultado pode ser mal interpretado pelo aluno”, finaliza Calbucci. 

(Com informações da Assessoria)

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