Após um momento tão conturbado para o setor da saúde, centro da crise global da covid-19, a nova geração de profissionais destaca, entre outros fatores, a importância do cuidado centrado no paciente, humanização e empatia no atendimento, inovação, visão macro dos processos e suas inter-relações, além da entrega de valor.
A Administração Hospitalar nasceu na década de 60, a partir da necessidade de formar gestores qualificados para atuar em uma área tão complexa e dinâmica como a da saúde, e está intimamente ligada à criação da Pró-Saúde, já que seu primeiro presidente, padre Niversindo Antônio Cherubin, foi pioneiro na criação de cursos de Administração Hospitalar, em 1967. Hoje, com presença em todas as regiões do país, a entidade conta com um dos maiores quadros de administradores hospitalares do Brasil.
Em 2021, a Pró-Saúde foi novamente pioneira no setor, ao lançar o programa inédito de Trainee Executivo, voltado para a formação da alta direção de hospitais. O projeto busca promover o desenvolvimento do capital humano, com habilidades alinhadas à inteligência em gestão aplicada pela instituição nos hospitais que administra.
Confira abaixo a visão de cinco integrantes do programa que, após um ano de imersão em diferentes unidades de saúde do país, compartilharam suas experiências e visões para o futuro da profissão.
Carlos Magno da Silva Franca, 45 anos, atua no Hospital Metropolitano de Urgência e Emergência (HMUE), em Ananindeua (PA).
- Neste um ano de imersão nas diferentes áreas de uma unidade hospitalar, o que mais te surpreendeu?
O cuidado que a instituição tem com pacientes e colaboradores, além da sinergia das equipes e do clima altamente envolvente. É perceptível o clima organizacional onde predomina a cultura Pró-Saúde de engajamento dos colaboradores e a humanização frente aos nossos pacientes. Todos, mesmo aqueles que não lidam diretamente com o enfermo, sabem da sua responsabilidade e o que isso representa para o nosso usuário.
- Qual foi sua maior dificuldade e como superou?
Descontruir conceitos, confesso que foi o grande desafio dessa minha nova fase profissional. Acostumado a atuar a frente das unidades onde passei, foi um teste de controle emocional e muita vontade de dar certo.
- Na sua opinião, qual será a principal contribuição da nova geração de executivos, da qual você faz parte, para o futuro da administração hospitalar?
Colocar o paciente no centro do cuidado e garantir um atendimento humanizado pautados em uma gestão sustentável com foco em entregas, essas se tornarão a nossa identidade para enfrentar os desafios que o futuro da saúde pede.
- Quais dicas você daria para quem pensa em ingressar no programa de Trainee Executivo da Pró-Saúde?
Abram a mente para novos conhecimentos, sejam questionadores e absorvam o máximo de conhecimento de uma instituição referência no que faz aliado a um time de profissionais comprometidos e que gostam de repassar conhecimento. Não tenham medo de perguntar e propor.
Deyvid Mazeo, 34 anos, atua no Hospital Metropolitano Vale do Aço (HMVA), em Coronel Fabriciano (MG).
- Neste um ano de imersão nas diferentes áreas de uma unidade hospitalar, o que mais te surpreendeu?
O que mais me surpreendeu foi a forte conexão que há em todos os setores, de modo que um movimento em uma ponta pode trazer reflexos no outro extremo.
- Qual foi sua maior dificuldade e como superou?
Foi acompanhar, manter o foco e gerar soluções para múltiplas ações enquanto todo o cenário muda rapidamente. E com organização, foco no resultado, comunicação, trabalho em equipe e controle emocional, essas dificuldades podem ser superadas.
- Na sua opinião, qual será a principal contribuição da nova geração de executivos, da qual você faz parte, para o futuro da administração hospitalar?
Essa nova geração de executivos pode trazer um olhar moderno, com atenção no cuidado de seus colaboradores, visando o desenvolvimento do profissional, a qualidade de vida e o acréscimo de valor na entrega dos nossos serviços.
- Quais dicas você daria para quem pensa em ingressar no programa de Trainee Executivo da Pró-Saúde?
Prepare-se para ser desafiado a todo momento, seja criativo, vá em busca do conhecimento e soluções, mantenha-se no controle e seja confiante.
Eduardo Pompeu Lavoura, 27 anos. Atuou por um ano no Hospital Metropolitano de Urgência e Emergência (HMUE), em Ananindeua (PA), e agora está na Sede Administrativa da Pró-Saúde em São Paulo.
- Neste um ano de imersão nas diferentes áreas de uma unidade hospitalar, o que mais te surpreendeu?
O hospital é um dos negócios mais complexos e apaixonantes para administrar. Dentro de um hospital, você deve saber administrar a parte de hotelaria, restaurante, lavanderia e o negócio principal que é a vida de um ser humano. O hospital é uma série de engrenagens e se uma dessas está com defeito, o hospital vai enfrentar dificuldades.
- Qual foi sua maior dificuldade e como superou?
Para encontrarmos e gerarmos resultados diferentes, precisamos achar formas diferentes e inovadoras de realizar as tarefas. Essa foi a grande dificuldade: evoluir com esse pensamento dos profissionais e mostrar que era possível fazer o trabalho de uma forma diferente.
- Na sua opinião, qual será a principal contribuição da nova geração de executivos, da qual você faz parte, para o futuro da administração hospitalar?
A formação que estou tendo vai me fornecer conhecimentos de anos dos administradores hospitalares que passaram pela Pró-Saúde ao longo desses 55 anos de história, no entanto, com toda energia, inovação, adaptabilidade do nosso tempo contemporâneo.
- Quais dicas você daria para quem pensa em ingressar no programa de Trainee Executivo da Pró-Saúde?
O programa vai fornecer todo material intelectual e humano para se tornar a sua melhor versão na administração hospitalar. Minha sugestão é de aproveitar cada minuto e ser o mais curioso possível.
Fabio Grifo, 32 anos, atua no Hospital Regional do Baixo Amazonas (HRBA) em Santarém (PA).
- Neste um ano de imersão nas diferentes áreas de uma unidade hospitalar, o que mais te surpreendeu?
Foi a possibilidade de atuar de forma participativa nas decisões do hospital e ampliar minha visão do todo, analisando cenários na busca de soluções criativas, assertivas e viáveis ao funcionamento da unidade, sempre com foco na entrega de valor ao paciente.
- Qual foi sua maior dificuldade e como superou?
Foram desde a adaptação em um local longe da família e amigos, até a necessidade de imergir e entender assuntos em áreas das quais nunca havia atuado antes. Minhas experiências profissionais anteriores sempre me levaram para áreas humanas, hoje percebo que essas vivências foram de extrema importância para me tornar quem sou e traçar meu perfil.
- Na sua opinião, qual será a principal contribuição da nova geração de executivos, da qual você faz parte, para o futuro da administração hospitalar?
Uma visão macro dos processos e suas inter-relações dentro do hospital, não deixando pontas soltas e fazendo com que todos entendam a importância do seu papel no cuidado centrado ao paciente. É preciso estar atento às necessidades individuais dos pacientes e colaboradores, sua diversidade, cultura, suas particularidades, para assim tomar as melhores decisões e engajar as pessoas para alcançar os objetivos que a instituição necessita atingir. Hoje eu sei que o gestor hospitalar não precisa ter todas as respostas, mas sim fazer as perguntas certas e estimular seu time a buscar as melhores soluções.
- Quais dicas você daria para quem pensa em ingressar no programa de Trainee Executivo da Pró-Saúde?
Aprofundar os conhecimentos, se identificando com os valores da instituição. Precisa gostar de lidar com pessoas. Estar disposto a ter dias desafiadores, mas que lhe trarão resultados maravilhosos. O trainee precisa estar disposto a assumir desafios e precisa se relacionar bem com as pessoas para que elas se mostrem acessíveis as informações que você busca e precisa durante sua trilha.
Fillipe Markus Okada, 38 anos, atua no Hospital Regional do Baixo Amazonas (HRBA), em Santarém (PA).
- Neste um ano de imersão nas diferentes áreas de uma unidade hospitalar, o que mais te surpreendeu?
O fato de poder vivenciar a realidade assistencial e desenvolver projetos com equipes multidisciplinares, principalmente, com médicos e enfermeiros, voltados para atenção aos usuários tem sido surpreendente. É uma realidade diferente das vivenciadas nas áreas administrativas.
- Qual foi sua maior dificuldade e como superou?
Todos os desafios propostos vão sendo tratados pontualmente e as dificuldades as vezes são atreladas ao entendimento de um processo ou outro do qual não temos o domínio, mas nestes casos buscamos aprender e contribuir de forma proativa. A maior dificuldade está relacionada à distância da família, que vem sendo superada diariamente.
- Na sua opinião, qual será a principal contribuição da nova geração de executivos, da qual você faz parte, para o futuro da administração hospitalar?
O fato de estarmos terminando um período de formação realizada em meio a uma pandemia, onde muitas fragilidades no setor de saúde tornaram-se mais evidentes, nos faz olhar de forma mais crítica para os processos de saúde. Acredito que os desafios serão grandes, teremos condições e oportunidades para implantação de melhorias, o que faz parte do processo, mas acredito que todo este contexto nos deixa uma lição clara sobre humanização e empatia. Somos administradores hospitalares, lidamos diariamente com dados, números e resultados, mas antes de tudo precisamos ter a consciência de que lidamos também com vidas, e todas as nossas decisões devem ser pautadas por estes valores.
- Quais dicas você daria para quem pensa em ingressar no programa de Trainee Executivo da Pró-Saúde?
Você terá a oportunidade de aprender com grandes profissionais do mercado, conhecer e atuar em hospitais de referências no Brasil, além de viver praticamente todas as rotinas administrativas, de apoio e assistenciais de uma unidade hospitalar. Se você tem afinidade pela área e gosta de desafios, é uma grande oportunidade.
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