A doação de órgãos é um tema crucial para salvar vidas e melhorar a qualidade de vida de quem necessita de um transplante. Foi com esse foco que o I Encontro de Transplante de Órgãos aconteceu na manhã de ontem (26), no Hospital Saúde da Mulher (HSM), buscando promover discussões entre profissionais da saúde e gestores. O evento se insere no contexto do Setembro Verde, dedicado à conscientização e incentivo sobre a doação de órgãos.
O secretário adjunto de Saúde do Estado do Pará, Sipriano Ferraz, enfatizou a necessidade de uma colaboração estreita entre os setores público e privado para superar as barreiras logísticas e garantir o sucesso do programa de transplantes no Estado. O Pará, conforme Ferraz, embora seja um estado geograficamente complexo, tem obtido números expressivos em transplantes nos últimos anos.
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“Em 2021, realizamos 223 transplantes. Esse número subiu para 276 em 2022, e em 2023 atingimos 671 transplantes. Em 2024, até agora, já ultrapassamos 380 transplantes. Esse crescimento demonstra o quanto estamos avançando, sempre seguindo a orientação de expandir o número de transplantes, tanto de tecidos quanto de órgãos sólidos em todo o estado”. Ele também destacou o avanço tecnológico e a qualidade dos profissionais envolvidos, afirmando que o Pará está se tornando uma referência na oferta de serviços de alta complexidade, tanto na capital quanto no interior.
O diretor da Central Estadual de Transplantes (CET), Alfredo Abud Neto, apontou que o Pará é o 11º no ranking nacional de transplantes de córneas e tem avançado no número de transplantes de fígado e medula óssea. Segundo ele, os tipos de transplantes mais realizados no Estado são os de medula óssea, renal e hepático.
O médico hematologista João Saraiva, que atua no HSM desde 2020, apresentou a situação atual do transplante de medula óssea na Região Norte. Ele comenta o pioneirismo do HSM na realização desse tipo de transplante uma vez que, desde 2022, a região não possuía um centro transplantador. “Desde então, praticamente 50 pacientes já foram beneficiados desse tipo de transplante e, cada vez mais, ganhando da complexidade e melhorando em relação aos parâmetros de qualidade”.
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Saraiva reiterou que, embora o transplante de medula óssea ainda enfrente desafios no Pará, os números são promissores. “Em 2021, o transplante de medula óssea não era uma realidade no estado, mas conseguimos realizar cinco procedimentos em 2022 e, em 2023, esse número subiu para 20. Apenas no primeiro semestre de 2024, já alcançamos 22 transplantes”.
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