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"QUEM AMA, BLOQUEIA"

Chip de 31 anos, jingles e famosos: a história icônica da Oi

Entre campanhas ousadas, jingles inesquecíveis e um chip que prometia ligações gratuitas por 31 anos, a Oi construiu uma história de inovação e irreverência que permanece viva na memória dos brasileiros, mesmo após a falência.

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Imagem ilustrativa da notícia Chip de 31 anos, jingles e famosos: a história icônica da Oi camera Campanhas inesquecíveis, jingles chicletes, carisma infantil e um chip que prometia ligações gratuitas por três décadas: a Oi marcou época com irreverência e inovação, deixando saudade em uma geração que aprendeu a dizer "oi" com estilo. | Reprodução

Antes dos smartphones dominarem o mercado e dos pacotes ilimitados se tornarem comuns, havia uma época em que a telefonia móvel era sinônimo de status, planos confusos e muita criatividade publicitária. Nesse cenário, a Oi surgiu como uma marca que desafiava padrões - não apenas vendendo serviços, mas também contando histórias, criando hinos populares e, de certa forma, moldando uma geração que aprendeu a dizer "oi" com sotaque de propaganda.

Lançado em 2002, o famoso Chip Oi 31 anos virou lenda no mercado de telefonia. O plano prometia ligações gratuitas entre números da mesma operadora no mesmo DDD por mais de três décadas - uma ousadia que muitos, já na época, brincavam que "quebraria a Oi". A estratégia, inédita no Brasil, conquistou milhões de usuários e gerou uma legião de fiéis que ainda hoje mantêm o número ativo, seja por nostalgia ou por acreditar na promessa da empresa.

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Lançado em 2002, o lendário Chip Oi 31 anos prometia ligações gratuitas entre números da mesma operadora por mais de três décadas.
📷 Lançado em 2002, o lendário Chip Oi 31 anos prometia ligações gratuitas entre números da mesma operadora por mais de três décadas. |Reprodução

Mesmo após a venda da Oi Móvel para TIM, Vivo e Claro, os chips ainda circulam em grupos de colecionadores. Em sites de revenda, uma unidade ativa pode alcançar preços altos, transformando-se em uma verdadeira relíquia da era pré-smartphone.

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Meme que revive a nostalgia do lendário plano da Oi, símbolo de status e liberdade na era dos celulares pré-smartphone.
📷 Meme que revive a nostalgia do lendário plano da Oi, símbolo de status e liberdade na era dos celulares pré-smartphone. |Reprodução

"QUEM AMA BLOQUEIA"

Mas a ousadia da operadora não parava por aí. Em 2007, a Oi lançou uma das campanhas mais lembradas da publicidade brasileira. O comercial mostrava um coral de pessoas "algemadas" aos clientes, uma metáfora direta ao bloqueio de aparelhos - prática comum entre operadoras que impediam o uso de chips de concorrentes. A peça publicitária, embalada por uma música chiclete, convidava o público a participar de um abaixo-assinado no site "Bloqueio Não", pedindo à Anatel o fim da restrição.

Em apenas três meses, o movimento reuniu 1,5 milhão de assinaturas. Curiosamente, o site não exibia o logotipo da Oi, nem mencionava a empresa. A estratégia de marketing disfarçada acabou surtindo efeito, apesar de ter sido interrompida pela Claro, através de uma liminar. Ainda assim, o engajamento foi tamanho que, só em São Paulo, a Oi conquistou cerca de 1 milhão de novos clientes no primeiro ano da campanha.

HUMOR E INTERATIVIDADE

O sucesso do "Bloqueio Não" também se deveu ao toque de humor e interatividade. Para aumentar o engajamento, a empresa lançou o concurso "Algema Dourada", que premiava o participante mais criativo ao dançar o jingle da campanha. O site oferecia tutoriais animados, versões em karaokê e até partituras da música - tudo em português, espanhol, inglês e italiano, numa clara provocação às concorrentes Claro e TIM.

No fim das contas, a Oi colecionou cerca de 2 milhões de assinaturas, e em 2010, a Anatel finalmente acatou o pedido popular com a Súmula nº 8/2010, que garantiu ao consumidor o direito de ter seu aparelho desbloqueado sem custo adicional.

CRIANÇAS NAS PROPAGANDAS

Outro marco das campanhas da empresa foi o uso recorrente de crianças nos comerciais. Entre 2004 e 2010, os pequenos se tornaram símbolo da marca, encerrando os vídeos com o clássico "oi". Já nos anos seguintes, rostos conhecidos da TV e da internet, como José Loreto, Malvino Salvador, Marcelo Tas e Whindersson Nunes, passaram a protagonizar as campanhas.

A presença de crianas nos comerciais da Oi foi tão macante que, em 2022, a operadora iniciou uma campanha nostálgica que rapidamente ganhou as redes sociais: a busca pelas crianças que encerraram seus comerciais com o famoso "oi". A ação, promovida nas plataformas digitais da marca, convidava o público a ajudar a localizar os ex-protagonistas das propagandas - agora já adultos - que marcaram a história da comunicação brasileira.

MAIS DE 350 CRIANÇAS

De acordo com Cyd Alvarez, fundador e ex-presidente da agência NBS, responsável pela publicidade da operadora desde sua criação, e Andrea Metzker, produtora dos filmes até 2021, o número estimado de crianças que participaram das campanhas chega a 350. Andrea relembra que, nos primeiros anos, a NBS lançava de 30 a 40 comerciais por ano, o que explica a grande rotatividade de rostinhos infantis.

A campanha, conduzida nas redes sociais, contou com o apoio de embaixadores da marca como Whindersson Nunes, Nobru e Maísa, que também iniciou a carreira ainda criança em programas de televisão. A proposta era conectar o público à trajetória da Oi, que naquele momento passava por uma fase de reposicionamento.

Mesmo com o tempo e as crises que culminaram na recente falência, a Oi deixou um legado de comunicação criativa e descomplicada - um lembrete de quando as operadoras ainda falavam com o coração, e o público respondia com um simples, mas memorável: "oi".

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