Quando dezembro chega, ele traz junto o brilho das luzes, o cheiro de comida especial e… a matemática apertada do orçamento familiar. Presentes, confraternizações, amigo secreto, viagens, decoração, tudo parece disputar espaço com a ceia de Natal, que costuma ser o momento mais esperado da noite. Mas como manter a tradição sem deixar o bolso sofrer? A resposta envolve estratégia, pesquisa e algumas escolhas inteligentes.
Os dados ajudam a explicar a preocupação. Em outubro, a inflação oficial do país ficou em 0,09%, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No acumulado do ano, o IPCA já subiu 3,73%. O grupo de alimentação e bebidas registrou leve variação de 0,01% no mês, mas acumula alta de 2,68% no ano e 5,5% nos últimos 12 meses. Na prática, isso significa que alguns itens típicos da ceia estão mais caros e exigem atenção redobrada de quem quer economizar.
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Como economizar sem perder a tradição
Especialistas têm reforçado um ponto: substituir é a palavra-chave. Peru, chester e bacalhau são estrelas da ceia, mas os preços podem assustar. Neste período, supermercados costumam oferecer uma variedade grande de aves, mas optar por um frango assado, sobrecoxas temperadas ou até um lombo suíno pode reduzir bastante o custo total. Já no caso das cestas mais sofisticadas, o tradicional bacalhau pode ser substituído por peixes brancos, como merluza ou tilápia, que têm valores bem mais acessíveis.
As frutas, outro ponto forte da mesa natalina, também pesam no bolso. A dica é priorizar as da estação, que geralmente são mais baratas que as importadas. Segundo o IBGE, algumas delas apresentaram queda nos preços este ano: abacaxi (-1,22%), abacate (-56,07%), maçã (-2,03%), uva (-4,91%) e goiaba (-7,8%). Frutas secas e castanhas, que costumam encarecer a ceia, podem ser compradas a granel - adquirir produtos sem embalagem fixa, escolhendo a quantidade exata necessária e pagando por peso - permitindo controlar melhor a quantidade e o gasto.
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Planejamento e pesquisa
Montar uma lista de compras detalhada e realista é essencial para evitar desperdícios. Definir o cardápio com antecedência, prever quantidades e avaliar possíveis substituições garantem economia sem comprometer o sabor.
Pesquisar preços também faz diferença, e muita. Levantamentos recentes mostram variações expressivas pelo país. Em Campinas (SP), o Procon analisou 62 itens e encontrou diferenças de até 160%. A “Farofa Premium Apimentada” foi de R$ 6,89 a R$ 17,90, e a maionese Liza Caseira variou de R$ 5,56 a R$ 10,79. Em João Pessoa (PB), o chester apresentou diferença de 147,45% entre estabelecimentos, custando de R$ 18,99 a R$ 46,99 o quilo. Já o bacalhau do porto foi encontrado de R$ 89,91 a R$ 219,90.
O cardápio ideal para economizar
Escolher pratos com bom rendimento também faz diferença no orçamento. Além disso, até o preparo pode ajudar na economia. Especialistas recomendam organizar um cronograma para os assados, aproveitando o aquecimento do forno para diferentes receitas, evitando ligar e desligar o eletrodoméstico várias vezes.
No fim das contas, o segredo para uma ceia de Natal saborosa, e sem susto no extrato bancário, está no planejamento. Com pesquisa, criatividade e substituições inteligentes, é possível manter a mesa bonita, o coração aquecido e o bolso agradecido. Afinal, o espírito natalino não está no valor da ceia, mas no momento compartilhado ao redor dela.
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