Com a ascensão das mídias digitais e do streaming, diversos produtores, diretores e autores, que já trabalharam em produções para a televisão, passaram a migrar para estes ambientes, onde podem ter uma nova chance de emplacar mais sucessos em suas carreiras.
A próxima aposta para o streaming é a produção de uma série ambientada no distrito de Fordlândia, no estado do Pará. Segundo a colunista Patrícia Kogut, do jornal O Globo, o ex-diretor da TV Globo, Rogério Gomes, irá dirigir a série com seis episódios, escritos por Paula Richard, autora que já trabalhou em projetos na Record TV.
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A produção, de acordo com Kogut, será fruto de uma parceria entre o Brasil e os EUA e segue sendo negociada com diversas plataformas de streaming.
A trama da série será focada na figura de três crianças, sendo uma delas indígena, outra americana e uma cearense, as quais fazem uma aliança para combater forças sobrenaturais na Amazônia após um grande incêndio na floresta.
Conforme informado por Patrícia Kogut, a produtora Diosual estaria à frente do projeto. O objetivo seria criar séries e novelas para a América Latina e o mercado hispânico nos EUA. Ainda segundo a colunista, já existem conversas com a emissora Telemundo dos EUA, a RCN na Colômbia e a TelevisaUnivision no México.
FORDLÂNDIA
O distrito de Fordlândia, localizado no município de Aveiro, no oeste do Pará, foi criado no final dos anos 1920 pelo magnata norte-americano Henry Ford. O objetivo do empresário era utilizar o local como um grande polo fornecedor de látex para a produção de pneus dos automóveis da Ford, em um mercado que estava em franca expansão pelo mundo.
Os interesses de Henry Ford eram bastante ambiciosos. Como a produção de látex para pneus dos carros da companhia passava diretamente pela influência britânica, já que a matéria-prima da borracha vinha da Malásia (à época, colônia dos ingleses), o empresário, em um acordo com o então governador do Pará, Dionísio Bentes, decidiu fazer o plantio de seringueiras no território onde a Fordlândia nasceu.
Mas, ao contrário da própria Fordlândia, as mudas de seringueira sofreram para crescer no solo pedregoso e infértil adquirido pelo magnata. Sem estudo botânico e geológico, os americanos acabaram vendo toda a plantação ser alvo de pragas, que provocaram um grande prejuízo aos planos de Henry Ford.
Para completar, o estilo fordista e americano de trabalho não agradou aos empregados locais, que não estavam acostumados com as regras propostas pela empresa. Como era de se esperar, o projeto não foi para a frente e acabou sendo um dos maiores fracassos na história da era industrial. O local, hoje em dia abandonado, mexe com o imaginário de muita gente, curiosa pela história.
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