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CINEMA

'Assalto ao Banco Central': vida real na telona

Depois de interpretar um policial corrupto no longa “Tropa de Elite”, o ator Milhem Cortaz volta à telona na pele de um malfeitor muito mais sagaz e inteligente. No longa de ficção “Assalto ao Banco Central”, que teve sua estreia na sexta-feira, em 302 sa

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Depois de interpretar um policial corrupto no longa “Tropa de Elite”, o ator Milhem Cortaz volta à telona na pele de um malfeitor muito mais sagaz e inteligente. No longa de ficção “Assalto ao Banco Central”, que teve sua estreia na sexta-feira, em 302 salas de cinemas do País, ele agora é Barão, líder e mentor do maior assalto a banco já registrado no Brasil. Com direção de Marcos Paulo, o filme é baseado em fatos reais. O ousado crime, em agosto de 2005, provocou grande repercussão. Sem usar violência ou disparar um tiro sequer, a quadrilha conseguiu entrar no cofre do Banco Central de Fortaleza, no Ceará, e levar mais de R$ 164 milhões.

Barão é a personagem-chave da ficção. É ele quem planeja, organiza e financia a invasão sem deixar nenhuma - ou quase nenhuma - pista. Com a ajuda da namorada Carla (Hermila Guedes), ele seleciona um a um os integrantes do bando. É ela quem sugere o primeiro nome, o ex-presidiário Mineiro (Eriberto Leão). Mas Barão vai precisar de especialistas em túnel para chegar ao dinheiro. E encontra. Um engenheiro com ideais comunistas (Doutor, interpretado por Tonico Pereira) e o mestre de obras Tatu (Gero Camilo) integram o bando, que conta ainda com o ex-policial Léo (Heitor Martinez).

Com o bando completo, a quadrilha começa a escavar um túnel de 84 metros que liga uma casa alugada - sob a fachada de uma empresa de jardinagem para justificar a grande quantidade de terra - ao prédio do Banco Central. Foram mais de três meses de preparação. Barão recebe ainda a ajuda de um funcionário do BC, interpretado por Antonio Abujamra, que fornece uma planta do prédio e a localização das câmeras de segurança e sensores de movimento.

Depois do roubo consumado, entra em cena o delegado Amorim (Lima Duarte), encarregado da investigação ao lado da agente Telma (Giulia Gam). Amorim arma um plano para pegar a quadrilha e recuperar o dinheiro. Parte do bando é preso, outros morrem por causa de conflitos no grupo. Mas o astuto Barão consegue armar para que integrantes da quadrilha sejam incriminados e assim desviar as investigações do seu rastro.

Em meio às escavações, perseguições e brigas, o filme pincela algum humor. A parte mais engraçada fica por conta do ingênuo evangélico Devanildo, interpretado por Vinicius de Oliveira. Desempregado, ele é envolvido pela irmã Carla com o grupo de Barão. Quando descobre a atividade ilícita da quadrilha, é obrigado a permanecer no grupo. E também as cenas com o engenheiro comunista que participa do assalto por questões ideológicas. Ele diz o tempo todo que quer fazer “uma redistribuição de renda”, mas acaba desfrutando do dinheiro roubado em Paris. (São Paulo/ AE)




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