A onda do K-pop continua fazendo a alegria dos fãs em Belém. O próximo grupo de meninos sul-coreanos a aportar por aqui será o Spectrum, amanhã, 23, às 18h, na Assembleia Paraense. A programação começa com vários “Fan Events”, às 15h, incluindo bater papo com os artistas, fotos e entregas de presentes. A banda está em uma extensa turnê latino-americana, que passa por onze estados brasileiros, e ainda Montevidéu, no Uruguai; e Buenos Aires, na Argentina.
“Cada fotinho que sai, vídeo, as interações e dedicação deles, cantando em português no Brasil, é incrível! Quando eu e uma amiga soubemos que vinham para o Brasil, já estava planejando ir para Brasília. A gente está muito feliz, contando as horas”, comenta a estudante “Miya” Santos, 18, fã do Spectrum desde o seu “debute” - a estreia no mercado fonográfico - em maio de 2018. Originalmente, o grupo tinha sete integrantes: Minjae, Dongkyu, Jaehan, Hwarang, Villain, Eunjun e Dong Yoon, que faleceu no dia 27 de julho de 2018.
A estreia foi marcada pelo lançamento do videoclipe de “Light It Up” e o EP “Be Born”, contendo, além do single-clipe, as faixas “Mr Who”, “Tonight” e “Light It Up” em versão instrumental. Ainda no mesmo ano, foi lançado em setembro o single-clipe “Dear Mine”, como tributo a Dong Yoon. “Ele era o meu integrante favorito e, hoje, minha música favorita é essa, que os outros integrantes fizeram para ele. É bem especial, sabe?”, comenta a universitária Fernanda Cruz, 24, que se prepara para o show e o Meet & Greet com eles.
REPERTÓRIO
Também estão no repertório da turnê “What Do I Do”, “Dear Mine” e “Sad Story”, do EP “Timeless Moment”. Este ano, o grupo fez seu mais recente “comeback” - retorno aos palcos - com o single-clipe “After Party” e o EP “Refreshing Time”, do qual também devem ser pinçadas músicas para o show. Jaehan deve acrescentar ainda seus dois solos: “In the Winter” (2018) e “The Untold Story” (2019). Além de shows inesquecíveis, o grupo garante que gravará uma parceria com uma cantora carioca, ainda em negociação.
“Sou fã de kpop há uns 10 anos e acompanhar grupos pequenos tornando-se famosos, conseguindo sair da Coreia do Sul, é legal. É como acompanhar um bebê crescer; cada informação, cada novidade que você recebe é preciosa. E eles são muito talentosos, eu logo fiquei encantada. Já conhecia alguns deles porque participaram antes de programas de sobrevivência”, comenta Miya.
Fernanda explica que na Coreia do Sul os chamados “programas de sobrevivência” colocam vários artistas de grupos diferentes e trainees (artistas ainda treinando para se tornarem parte de um grupo) para competir. “São disputas de canto, dança, rap. E eles vão saindo por votação de jurados e também dos fãs”. O próprio debute do Spectrum foi adiado em meses para que eles participassem do programa “Mixnine”. Jaehan também esteve presente na segunda temporada do “Produce 101”.
Kpop encanta também os pais
Ana Sheyla Cunha da Silva, de 52 anos, conta com orgulho ser fã de kpop e especialmente dos meninos do Spectrum. Ela conheceu o famoso estilo sul-coreano através da filha mais velha, Jessica, hoje com 30 anos. “Ela já gostava desde 2001, mas eu não me ligava. Em 2012, eu comecei a prestar atenção nas atitudes dos idols (como são conhecidos os artistas da cultura pop sul-coreana), de alguns grupos em relação aos fãs e isso foi me encantando”, relata.
A principal surpresa foi a atenção dedicada aos fãs - a maioria de jovens estudantes. “Eles perguntam como estão, se estão se alimentando bem, no período das provas dão força para eles, têm todo um respeito pelo carinho dos fãs. O que eu acho muito interessante porque os seus filhos têm que ter exemplos bons, referências como essas”, diz ela.
Em relação ao Spectrum, ela conta que só começou a acompanhar o trabalho deles este ano, também através de uma das filhas mais novas. E ela acabou se tornando uma das fãs encantadas pela história do grupo e suas letras. “Gosto como eles incentivam sempre a ser positivo, o Jaehan fala isso; e o Eunjun fala de não ter medo dos desafios, sempre seguir adiante. Isso são palavras de incentivo muito boas para a juventudede hoje”, considera.
Para o show do Spectrum em Belém, ela pretende levar as filhas Alessandra e Jennifer Vitoria, de 18 e 13 anos, respectivamente. Juntas, elas já foram em outros shows, como no Chile e em São Paulo, para a turnê do BTS, o mais famoso grupo de Kpop fora da Coreia do Sul. “Sabe, esses meninos entram nessa carreira como trainees e passam, muitas vezes, anos se preparando antes de debutar. E este caminhar deles requer muito sacrifício - é longe da família, muita disciplina,são horas de treino”.
Ela destaca ainda como o Kpop - ainda mais do que o pop produzido em outras nacionalidades - é um estilo musical que tem muito envolvimento também da parte audiovisual, da dança - que virou febre no mundo todo, com professores e aulas específicas para os fãs do estilo. “Eu adoro música, dança, arte e acabei gostando demais da forma como expressam isso, principalmente, das letras das músicas. Elas sempre têm uma mensagem, contam uma história”,comenta Ana Sheyla.
“Me tornar uma Lantana [como são chamadas as fãs do grupo Spectrum] foi e é uma experiência maravilhosa”, orgulha-se. “Esses seis meninos são encantadores. Antes de virem ao nosso país, passaram meses aprendendo a nossa língua. Eles se dedicaram a isso, a saber como somos, nossa cultura, o modo como nos cumprimentamos, em saber como nos acolher. Eles são tão atenciosos, no sentido humano mesmo, de você olhar e se encantar pela docilidade, pelo respeito. Parecem ter na consciência que cada fã batalhou, se sacrificou para estar ali para vê-los”, finaliza.
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