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Virada de sucesso: bandas paraenses se mantêm em alta por décadas

Manter a longevidade no cenário musical pode ser um desafio e tanto para os artistas que têm à frente um público sempre ávido por novidades, a cada ano. Missão que a banda paraense Nosso Tom, por exemplo, tem cumprido de forma exemplar. Celebrando 20 anos

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Imagem ilustrativa da notícia Virada de sucesso: bandas paraenses se mantêm em alta por décadas camera Com 20 anos de carreira completados em 2019, o Nosso Tom segue apostando no pagode sem perder a identidade paraense. | Olga Leiria

Manter a longevidade no cenário musical pode ser um desafio e tanto para os artistas que têm à frente um público sempre ávido por novidades, a cada ano. Missão que a banda paraense Nosso Tom, por exemplo, tem cumprido de forma exemplar. Celebrando 20 anos de história em 2019, o grupo segue com uma legião de fãs fiéis a seu lado. O segredo? Segundo os integrantes, muito trabalho.

“A melhor forma de manter os fãs sempre perto é nunca parar de produzir. Somos uma banda que sente sempre a necessidade de não ser nostálgica somente. Se você para de gravar, automaticamente você pouco fideliza seu público. A melhor forma de se manter presente na vida das pessoas é nunca parar de gravar!”, diz Júlio Cezar Patrício, vocalista do Nosso Tom.

Ao lado de Juninho do Cavaco (cavaco), Maurinho (pandeiro), Jed Brow (bateria) e Marquinho (tantã), a banda já tentou carreira inclusive em São Paulo, em 2007, ano que o vocalista acredita que eles mais cresceram, em todos os sentidos. Hoje, Júlio Cezar também diz que a música está mais democrática e é possível ser notado mesmo fora do eixo Rio de Janeiro/São Paulo. “Se tivesse que fazer uma análise dessas duas décadas ficaria com a certeza de que fazemos realmente o som que gostamos, porque ritmos musicais sempre vivem bons e maus momentos. Manter-se, mesmo em momentos difíceis, talvez tenha sido a nossa grande virtude”, diz ele.

Entre esses momentos, ele cita o boom da música sertaneja, que dominou o cenário por um tempo, deixando pouco espaço para os grupos de pagode como o Nosso Tom. Mas desde 2017, ele lembra que o ritmo vem retomando seu espaço junto ao público, inclusive com o crescimento da cena paraense, com artistas como Bino, I Love Pagode e Tamo Junto.

Seguindo a própria regra, Júlio Cezar diz que a banda não para em 2020. Eles já foram confirmados como uma das atrações do pré-carnaval na Cidade Velha, no bloco Kalango, ao lado do cantor Ricardo Chaves e da banda Chiclete com Banana. E o grupo também deve entrar em estúdio novamente no ano que vem. “O nosso plano para o futuro é gravar um terceiro DVD, em homenagem aos 20 anos, porém cheio de músicas novas, justamente para chegarmos num público jovem, que continua ouvindo muito samba e pagode. Temos ainda o desejo de fortalecer essa relação com a música da Amazônia, andar mais pela nossa região, que é cheia de sambistas também”, adianta.

Trintando em 2020 com muitos shows

O Fruta Quente planeja grandes comemorações em 2020, com um disco de inéditas e uma turnê pelo Pará para festejar os 30 anos
📷 O Fruta Quente planeja grandes comemorações em 2020, com um disco de inéditas e uma turnê pelo Pará para festejar os 30 anos |Divulgação

Marcando forte presença na noite paraense em 2019, a banda Fruta Quente é outra que consolidou ainda mais seu nome no cenário musical paraense, fazendo muitos shows - para se ter uma ideia, somente no mês de junho foram 22 apresentações em 30 dias.

“É uma banda de 29 anos, onde todos os integrantes têm mais de 50 anos. Isso é muito bom e confirma que a gente sempre esteve no caminho certo, que é fazer dançar. Esse ano marcou também a nossa presença num show muito importante, que foi no Theatro da Paz, o ‘Fruta Quente In Concert’, um show que a gente queria fazer há muito tempo e foi um sucesso. Tanto que em 2020, que marca os 30 anos da banda, nós deveremos fazer no mínimo duas apresentações no da Paz, fora outros shows que a gente está programando para o aniversário”, diz Heraldo Ramos, vocalista da banda.

Ele acredita que a história da Fruta Quente fala por si só, e o resultado disso foi um ano de muitos shows e a conquista de um novo público, gente que não viveu os anos 1990, época do surgimento e auge da banda.

“O que mudou ao logo desse tempo, acho que foi a forma das pessoas se conectarem com a banda. O advento da internet foi maravilhoso para o Fruta Quente, nosso Instagram, Facebook estão bombando, e a procura por músicas da banda também. Na parte de show, mudaram os palcos; [hoje] os palcos não são tão grandes e os espaços também, e a gente teve que se adaptar. Isso foi bom porque o Fruta Quente sempre buscou o diferencial em termo de show, e com os palcos menores dá para descer e ir nas mesas, fazer fotos e selfies com as pessoas, botar as pessoas para cantar. A gente teve que se adaptar ao tamanho das casas noturnas e a gente tem feito isso muito bem”, considera Heraldo.

Se 2019 foi bom, os planos para 2020 são ainda melhores, afinal eles irão “trintar” e prometem shows especiais: além dos dois no Theatro da Paz já citados por Heraldo, a banda planeja uma apresentação em praça pública, e uma turnê por outras cidades paraenses, e também fora do Pará - duas cidades fora do estado já demostraram interesse, Macapá e Manaus. A banda pretende ainda lançar um disco novo, com inéditas, continuar tocando e gerar conteúdo digital.

“Esse processo foi muito tranquilo, eu fiquei dez anos fora da noite, parei com o Fruta Quente em 2001, mas eles seguiram com outro cantor e eu voltei em 2013. O grande barato é a união. A gente é uma família, amigos, é muito gostoso tocar junto, e a gente mantém essa chama acessa. Hoje, praticamente ninguém vive mais do Fruta Quente, fazer o Fruta é um grande barato pra gente, uma alegria fazer o público dançar”, pontua Heraldo.

A banda segue uma maratona de shows nesse Réveillon. A noite do dia 31 começa com show na Cervejaria do Umarizal (23h à 1h) e segue pela Assembleia Paraense (de 2h às 4h) e Palafita (de 5h às 7h). “Nunca na carreira do Fruta Quente a gente fez essa maratona e a gente está muito feliz pelo interesse das pessoas em gerar esse tipo de situação, réveillon em três lugares”, comemora o vocalista.

Xeiro Verde faz sucesso há 25 anos com brega repaginado

Hellen Patrícia anuncia lançamento de novo DVD da Xeiro Verde para logo depois do Carnaval
📷 Hellen Patrícia anuncia lançamento de novo DVD da Xeiro Verde para logo depois do Carnaval |Divulgação

Cantando o bom e velho brega, mas repaginado pelas batidas modernas das guitarras e eletrônicos, a banda Xeiro Verde celebrou bodas de prata este ano. Liderado por Hellen Patrícia, o grupo vive um momento histórico de sua carreira, pois ultrapassou as barreiras do preconceito com a música brega, saiu do subúrbio e hoje é hit nas casas mais badaladas e concorridas da cidade. A banda será a grande atração do réveillon do clube CRT, em Tucuruí.

“Quando a gente começou as bandas de brega não tinham reconhecimento. As pessoas sempre viam como algo ruim. Hoje o brega é um ritmo muito forte, tanto que você durar 25 anos e ter músicas que você gravou e ainda fazer shows por causa dessas músicas, isso é muito bacana e importante. Conseguimos quebrar essa barreira”, diz Hellen.

A banda tem no seu histórico shows realizados para mais de 30 mil pessoas, apresentação em programas nacionais como o “Mais Você”, de Ana Maria Braga, e “Fantástico”, além de música em trilha de novela das 21h da TV Globo (“Tá Faltando Homem”, em “Avenida Brasil”, agora sendo reprisada, que alcançou mais de um milhão de acessos no YouTube).

A banda foi criada pelo saudoso Chiquinho do Xodó e o então casal Hellen Patrícia e Sandro Shows em setembro de 1994. No mesmo ano lançaram o seu primeiro disco pela gravadora Gema e venderam 100 mil cópias, arrematando disco de ouro.

Para celebrar essas bodas de prata, a banda, que já tem sete CDs e EPs gravados, gravou seu segundo DVD este ano, que vai ser lançado após o Carnaval de 2020. “Vamos lançar e sair fazendo shows de comemoração desses 25 anos da Xeiro Verde. A gente é uma banda tipicamente paraense, que toca o ritmo paraense, que é o brega. Passar 25 anos e conseguir se consolidar tocando uma música regional é muito bacana e muito difícil também, mas a gente só tem a agradecer ao público e ao povo paraense por participar da nossa trajetória”, diz Hellen Patrícia.

Além do lançamento previsto para depois do Carnaval, a banda já planeja mais um DVD para o final de 2020, o terceiro da carreira, mais intimista, com músicas em homenagem aos 50 anos do brega. “Já lançamos três músicas que são regravações de brega de cantores nacionais também, grandes clássicos que a galera escuta e é considerado um ritmo brega. Já regravamos uma do Reginaldo Rossi, uma do Sidney Magal e a gente está fazendo várias outras. Então, a gente vai lançar esse EP e colocar nas plataformas digitais para a galera baixar, logo depois do lançamento do DVD”, adianta Hellen.

Onde ver na virada?

- Fruta Quente

23h à 1h - Cervejaria Umarizal (R. Antônio Barreto, 1176 - Umarizal)

2h às 4h - Assembleia Paraense (Av. Alm. Barroso, 4614 - Souza)

5h às 7h - Palafita ( R. Siqueira Mendes, 264 - Cidade Velha)

- Banda Xeiro Verde

A partir das 23h - Clube CRT (Praça França, S/N, Vila Permanente - Tucuruí)

- Nosso Tom

Domingo (29 e terça-feira (31) - Farol Praia (Praia do Farol Velho - Salinas)

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