Organizador do “Circuito Norte em Dança”, o paraense Igor Marques tem se destacado na cena dos festivais nacionais e internacionais. Com parte de seus processos on-line, as seletivas para o “XDanceFest” (que leva ao “Magic Dance”, festival dos parques do Walt Disney World) e para o “Festival Internacional de Dança de Joinville” contaram com ele como o único representante do Norte do país em seu júri. E, na próxima semana, ele representa o Brasil na programação do “Festival Internacional de Dança de Honduras”.
“Estaremos participando [do ‘Festival de Honduras’] com vídeos de pessoas que se destacaram no nosso festival, o ‘Circuito Norte em Dança’. E também fui convidado para ministrar aulas de dança contemporânea e danças populares brasileiras”, conta Igor, cuja especialidade são ritmos da região amazônica, especialmente aqueles relacionados à cultura indígena. A programação ocorre virtualmente, entre os dias 3 e 6 de junho, com workshops, palestras e apresentações de artistas on-line.
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Sobre as seletivas do “XDanceFest”, em abril, e o de Joinville, que deve anunciar seus vencedores até o final desta semana, ele conta que foi uma surpresa grande quando recebeu o convite do curador, Caio Nunes.
“No ‘XDanceFest’ ele me convidou para avaliar a modalidade ‘Danças Populares’. As outras duas juradas que estavam comigo são coreógrafas dos parques da Disney. E teve participantes de tudo quanto é parte do Brasil”, comemora. O ‘Magic Dance’ é o maior festival de dança da Flórida. Ele é conhecido como o festival onde as pessoas vão atrás de oportunidade de trabalho mesmo, porque os mais bem colocados são convidados para o corpo de baile dos diversos parques da Disney”.
TUDO DE CASA
Apesar de seu extenso currículo, essa foi a primeira participação de Igor como avaliador em eventos dessa grandiosidade. Mas ele comenta que a experiência acabou sendo nova para todos que estavam na banca. “Tivemos um camarim virtual, só com jurados, e lá comentamos as coreografias, sem os participantes presentes. Lá dávamos as notas e enviamos formalmente para a organização. Tinha um tradutora para os três idioma dos jurados. Tudo on-line”, explica.
Igor também conta que o cenário causado pela pandemia fez as seletivas on-line terem um olhar diferente, buscando aspectos além da boa técnica. “Diante de tudo o que estamos passando, procuramos ter um olhar mais sensível à questão dos bailarinos não terem o espaço para ensaiar, estar longe dos professores, não ter um coreógrafo ao lado. E nós esperamos - eu, principalmente - que eles mostrassem a realidade deles através das suas coreografias”, conta.
E houve quem cumprisse essa expectativa com louvor. “A gente já esperava que eles pudessem interagir com o seu sofá, os móveis que têm ali, algo que fosse essencialmente deles. E houve trabalhos lindos de interação a partir do jardim, na garagem, na sala. Percebemos que as pessoas não precisam estar em sala de dança para fazer dança, o artista consegue levar a dança para qualquer lugar”, aponta.
JOINVILLE
Sobre o “Festival de Joinville”, adiado para novembro, ele destaca que foi criada uma plataforma on-line para a pré-seletiva, que seria em março e, pela primeira vez, presencialmente na Região Norte. “Eu iria trazer a seletiva através do ‘Dança Brasil’, no Teatro Gasômetro, o que se tornou inviável”, lamenta. Ao invés disso, os bailarinos publicaram suas coreografias no YouTube e fizeram a inscrição já enviando o link.
“O corpo de jurados vai dando as notas para os vídeos para selecionar os melhores, que irão para a mostra competitiva do festival - que ainda não sabemos se também será on-line ou se, até novembro, poderá ser realizado presencialmente”, explica Igor. A expectativa do paraense é também ver muitos conterrâneos nesta final. “Tinha muita gente no Norte concorrendo. E um grupo em especial [Studio Alpha, de Castanhal], que está na final, acredito que tenha boas chances”, afirma.
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