Nesta quinta-feira (10), é comemorado o centenário da renomada escritora Clarice Lispector, uma das maiores escritores da literatura brasileira.
Há pouco mais de 75 anos, Belém a recebia como hóspede. Da janela do extinto Grande Hotel, que ficava na avenida Presidente Vargas, Clarice Lispector viu Belém durante seis meses. No ano de seu centenário – nascida em 10 de dezembro de 1920 –, o DOL relembra este doce período.
Nascida na cidade ucraniana de Tchetchelnik, Haya Pinkhasovna Lispector veio para o Brasil junto com os pais, ainda criança, fugindo dos horrores da guerra. Aqui ela virou Clarice.
Dona de um estilo de escrita até hoje inalcançável para muitos, Lispector se tornou, com pouco mais de 20 anos, em um dos nomes do grupo de escritores que representavam uma nova geração da literatura nacional a partir da década de 40.
Clarice veio morar em Belém para acompanhar o marido, o diplomata Maury Gurgel Valente, no mesmo ano em que conseguiu publicar “Perto do Coração Selvagem”, seu romance de estreia.
Dentro de seu quarto no hotel, ela passava horas observando a movimentação na deslumbrante Praça da República. As horas passavam devagar. Clarice estava ansiosa por saber o que a crítica achara de seu primeiro livro.
Nostalgia: resgates de uma saudosa Belém
O acadêmico de Letras Luiz Davi, do blog luizdavi23.blogspot.com, lembra que quando não estava dentro do hotel, a escritora peregrinava pela avenida e seus monumentos, ou participava de encontros literários com autores da região. Foi em um destes encontro que Clarice se tornou amiga (e aluna) do professor paraense Francisco Paulo Mendes.
Foi na capital paraense que Clarice Lispector acompanhou a repercussão positiva de seu primeiro romance. Através dos ares amazônicos, ela teve a certeza de que poderia seguir o caminho com maestria. Lispector viveu seis meses na capital paraense, e depois ganhou o mundo, tendo vindo visitar amigos em Belém em outras ocasiões, já como uma escritora consagrada.
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