O ambiente com vista para o rio tornou o espaço museal da Casa das Onze Janelas e do Forte do Presépio o mais atrativo para quem ficou na capital e procurava um programa tranquilo no fim de semana, bem longe das aglomerações das praias. Como também são pontos turísticos, boa parte dos visitantes era de outros estados e se disse feliz em ver estes espaços acessíveis à população novamente. A reabertura dos museus estaduais em Belém ocorreu na última sexta-feira, 24, com horário reduzido, das 9h às 17h, e acesso limitado de público. Mas isso não inibiu quem não via a hora de dar uma voltinha por ali.
“A gente estava com saudade de visitar esses locais e resolveu aproveitar o nosso dia de folga. A gente queria sair, mas preferiu evitar aglomeração das praias, ficando em Belém. Aproveitamos para ver o Forte também, que é bem aqui do lado”, comentou Glace Barbosa, 34, que estava acompanhada da irmã, Franciane, 32, em visita à Casa das 11 Janelas. As duas elogiaram o fato de o espaço ter reaberto simultaneamente a exposição “Encontro das Águas”, a mesma que acabou sendo interrompida com as medidas de restrição no estado, em março, e que traz obras dos fotógrafos Miguel Chikaoka e Luiz Braga.
O casal Edilson Nascimento, 38, e Giselle Guimarães, 36, também aprovou a reabertura da exposição. “Um dos motivos que fez a gente visitar a Casa das 11 Janelas foi poder aproveitar uma programação cultural e fazer um passeio com segurança. Tem a orientação para todo mundo ficar de máscara, usar álcool em gel, tem sinalização nas paredes lembrando do distanciamento. Não pode haver muitas pessoas na mesma sala”, comentou Giselle. “A gente sempre visita museus quando viaja e vê que Belém tem muita cultura, uma arte muito rica. Aqui é a primeira vez que visitamos e gostei muito. Depois, a gente vai ao Museu de Arte Sacra”, completou Edilson.
Por ficar no chamado Complexo Feliz Lusitânia, esse roteiro de museus foi realizado pela maioria dos visitantes, que ainda dava uma esticada até o Museu do Círio, logo ao lado do Museu de Arte Sacra. “A gente sente falta desses espaços, de sair de casa com a família”, comentou Danilo Almeida, 22, cuja família é do Rio de Janeiro, mas uma parte está morando em Belém há dois anos. “Eu vim para visitá-los e, em duas semanas que estou aqui, é a primeira vez que eu saio”, contou.
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Com duas crianças em casa, Kelly Cristina, 39, não só aproveitou para levar o turista Danilo Almeida para conhecer um pouco de Belém, como para ganhar um dia mais tranquilo com os filhos. “Tendo criança a gente sentia falta de lugares assim, principalmente com áreas abertas, com verde. Em casa, a gente tem que se reinventar todo dia pra dar conta com eles, não é fácil (risos)”, contou. Bruno Aguiar, 43, também aproveitou para levar Antônio, de 8 anos, para passear pelo Museu do Forte. “A gente já passou pelo Mangal das Garças, Basílica, Estação das Docas. Por onde estava aberto, a gente foi passando (risos)”, disse.
No Museu de Arte Sacra, o carioca Eduardo Lopes, 52, pôde finalmente conhecer um pouco dos pontos turísticos de Belém, guiado pelo paraense Daniel Souza, 29. “Eu gostei muito, achei tudo bem organizado. É a primeira vez que eu visito esses espaços. Passamos pelo Mangal também e tinha bastante gente, mas como é um espaço grande, dá pra manter bem o distanciamento. Eles também testam a nossa temperatura antes de entrar. Eu gostei, está sendo bom”, comentou Eduardo.
No Parque da Residência, que reabriu sábado, 25, as sinalizações com orientação aos visitantes, medidor de temperatura corporal e álcool em gel disponível na entrada também fazem parte do protocolo de segurança. Como nos museus, o número de visitantes era baixo, não mais do que três famílias por vez, mas todos pareciam satisfeitos. “A gente viu que ia reabrir e ficou com vontade de vir e conhecer. É a primeira vez que a gente vem aqui e estamos gostando. É bem tranquilo, muito bonito”, comentou Edilene Leão, 34, acompanhada da família, incluindo o pequeno Rafael, 2 anos, que parecia encantado com o lugar.
Aproveite
Museus do Estado (Casa das 11 Janelas, Forte do Presépio, Museu de Arte Sacra, Museu do Círio e Museu de Gemas).
Visitação: De terça a domingo, das 9h às 16h, exceto o Museu de Gemas, que abre de terça a sábado, das 10h às 16h, e aos domingos, das 10h às 14h.
Ingresso: R$ 4 (preço único em todos os espaços), com acesso gratuito para pessoas a partir de 60 anos, PCDs, crianças até 12 anos, professores e estudantes com identificação atualizada.
Parque da Residência
Visitação: De terça a domingo, das 9h às 17h
Quanto: Entrada franca.
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