Prestes a lançar nova música “Rei do Mar”, em homenagem ao seu amado, o Mestre Verequete, a compositora e viúva Josenilda Pinheiro da Silva, mais conhecida como Mestre Cenira, faleceu aos 66 anos no final da manhã de segunda-feira, 5, vítima de complicações da Covid-19. Ela estava internada há 12 dias, mas não resistiu a uma parada cardíaca.
Lucimar Rodrigues, 39, única filha do casal, conta que a mãe passou a se envolver com a arte, principalmente o carimbó, quando conheceu Augusto Gomes Rodrigues, o Mestre Verequete, um dos nomes mais emblemáticos da cultura paraense e fundador do grupo Uirapuru. “Ela sempre lutou para que a cultura não morresse e por ele também, para que o nome dele não fosse esquecido. Ela deixa ensinamentos de perseverança”, destaca a filha.
Segundo Lucimar, a mãe costurava roupas para as apresentações de carimbó, administrava o grupo e também passou a fazer instrumentos musicais, como tambor, maracá e triângulo. “Tudo que envolvia o carimbó era a paixão dela”, conta. Com a morte do marido, Cenira passou a se envolver ainda mais com a música, manter o grupo vivo e passou a compor. “Sempre eram músicas em homenagem ao papai, que era a grande paixão dela. Inclusive essa mais recente, que ficou pronta há dois dias. Ela estava muito feliz, esperava ansiosa. Ainda não tive coragem de ouvir”, lamenta Lucimar.
A gravação, que deveria ser lançada em breve, contou com a participação do Mestre Curica. “Ainda vamos ver como ficará o lançamento”, completa a filha de Cenira.
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