Um total de 22 telas em pintura em acrílica e óleo do artista paraense Eme integram a exposição inédita “Vida sobre Rodas”, que retrata a lida do trabalhador que faz uso da bicicleta em Belém. A mostra está em exibição até o dia 27 na Casa Namata, em Batista Campos.
Eme cria suas telas a partir de suas observações do cotidiano. “O nome deriva da primeira letra do meu nome de batismo, e é o nome artístico que utilizo para canalizar e externar toda energia criativa que compõe meus trabalhos de pintura”, explica o artista. “Meu trabalho fala sobre retratos e recortes de histórias populares, memória e descolonização histórica”, pontua.
Natural de Belém, Eme vem trilhando sua trajetória nas artes visuais há oito anos com fortes influências da cena artística urbana, a partir de vivências com o coletivo de arte Cosptinta e das suas jornadas sobre rodas no cotidiano da cidade natal. Unindo o olhar ampliado que vem dessas experiências no grafite e muralismo com uma pequena incursão pelo design de moda contemporânea regional, sua obra emerge com um discurso vivo, atual e original. Além de imprimir a marca da região amazônica no uso de materiais, na escolha da paleta de cores e na busca por um estilo próprio, Eme expande uma expressão artística que se impõe sem fronteiras, partindo daquilo que é comum à vida nas cidades, mas específico daquelas em que os habitantes fazem uso de diferentes tipos de meios para se deslocar.
“Vida sobre Rodas” tem direção de produção de Renata Maués, arte-educadora e co-fundadora da Casa4Direções, e que também assina a curadoria da mostra. “Sou parceira do Eme em diversos projetos ligados à arte, expansão de consciência e sustentabilidade. Eu acompanho o trabalho artístico dele há seis anos e este projeto, ‘Vida sobre Rodas’, nasceu durante os meses de isolamento no ano passado, quando Eme começou a observar o movimento das pessoas que ganham a vida com o uso de bicicleta na cidade de Belém”, destaca.
A exposição faz parte do movimento “Cicloativismo contra a homofobia”. A Casa4 Direções, em parceria com diversos grupos ligados ao cicloativismo, organizou uma mobilização ontem contra a homofobia, e que culminou com a exposição de Eme ainda em cartaz.
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