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Valter Hugo Mãe é destaque na coluna de Priscila Zoghbi

O livro “O Filho de Mil Homens” foi o escolhido pela coluna para homenagear o Dia dos Pais.

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Imagem ilustrativa da notícia Valter Hugo Mãe é destaque na coluna de Priscila Zoghbi camera O livro “O Filho de Mil Homens” de Valter Hugo Mãe. | Reprodução

A coluna de Priscila Zoghbi desta sexta-feira (05) escolheu o livro “O Filho de Mil Homens”, do escritor português Valter Hugo Mãe para homenagear o Dia dos Pais. Confira:

Para mim, o livro escolhido para homenagear o Dia dos Pais não poderia ser outro: “O Filho de Mil Homens”, escrito pelo autor português Valter Hugo Mãe. Não é segredo que as obras de Valter ocupam lugar de destaque não só nas livrarias, mas principalmente no coração dos leitores (incluindo o meu). Já que o autor consegue explorar os sentimentos humanos mais profundos de forma lírica: tornar leve o que por si só já é pesado.

Na realidade, é a leitura que se torna prazerosa e fluida, mesmo tocando em pontos tão sensíveis. Não teve um livro de Valter que não tenha me dado um lampejo de conforto e esperança. Com esse não foi diferente. Nesse livro, o autor nos coloca como espectadores da nossa própria espécie: somos apresentados a personagens riquíssimos e complexos como é o caso de Isaura, Antonio e Crisóstomo, um homem que, aos quarenta anos, se sente apenas metade. Para sentir-se o dobro, então, Crisóstomo resolve ter um filho e acaba por adotar Camilo. E é somente a partir desse encontro (que só o afeto proporciona) que ambos conseguem abandonar o sentimento de incompletude.

O livro é dividido em vinte capítulos, e é nesse espaço que observamos as tramas dos personagens se cruzarem. É no entrelaçar das histórias que vemos desabrochar a felicidade possível ou “a aceitação do que se é e se pode”. O conceito de felicidade é justamente o que mais me prende e impressiona na leitura da obra: a felicidade não está restrita a uma pequena parcela das pessoas.

A felicidade é proporcionada pelo encontro e interação dos personagens, mesmo em condições adversas. Não espere encontrar nesse livro personagens estereotipados como heróis. Apesar das relações internas poderem proporcionar uma visão de herói – como tenho do meu pai -, não são deixados de lado os seus defeitos. O autor explora nossas falhas e desvios e os torna pontes de conexão e apoio com outros seres humanos.

Em outras palavras, são os defeitos do outro que anulam os nossos. E é no encontro de seres imperfeitos que surge a felicidade. Crescemos tendo nossos pais como super-heróis e ao descobrir que são humanos, muitas vezes entramos em conflito.

Na verdade, é justamente pelo fato de não serem perfeitos, assim como nós, que é possível estabelecer a camada mais profunda da relação pai e filho (no caso, pai e filha). Nesse reconhecimento mútuo de superpoderes e fragilidades é que encontramos a felicidade.

Aproveito para agradecer aos pais que além de muito amor e carinho nos transmitiram também algumas das suas falhas (outras adquirimos com mérito próprio). É através delas que nos conectamos, ajudamos, crescemos e enfim, nos curamos. Ao Pai, obrigada por me proporcionar a oportunidade de conviver com esse super-herói tão real que, às vezes e por abreviação, chamo de “pai”.

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