Quem nunca ouviu de alguém mais velho que, se fosse entrar em um igarapé ao meio dia ou às seis horas da tarde, deveria pedir a benção da mãe d’água? Ou até mesmo as diversas histórias dos encantados que habitam as águas? A mítica e a poética das águas habitam no dia a dia dos moradores da Amazônia e são temas do espetáculo de dança 'Corpos d'água', que será lançado na noite desta quarta-feira (1º) no canal do Youtube do Coletive Umdenós.
O espetáculo aborda a mitopoética da água, que envolve os seres encantados e as relações com as formas da água: nos rios, no suor, na chuva. A produção também trata da importância da preservação das águas na Amazônia, como recurso essencial para a vida nas mais diversas regiões do planeta.
“Vivemos uma crise ambiental mundial, e a Amazônia é um dos mais importantes biomas para a manutenção hídrica do planeta. A importância da água dentro de nosso imaginário regional decorre em grande parte das próprias características geográficas em que vivemos”, afirma a doutora em Artes Rosangela Colares, artista criadora do projeto.
"Na Amazônia, a água é um ente com o qual nos relacionamos. Temos encontro marcado com a chuva, e seu horário tradicionalmente é às quatro da tarde. Todos esses elementos apontam para essa constituição identitária que o elemento água nos traz”, conclui Rosangela Colares.
O projeto do espetáculo ‘Corpos D’Água’ foi aprovado no edital de dança da Lei Aldir Blanc, através da Secult/PA, por Rosangela Colares. A produção, cenografia e figurinos são de Lauro Sousa, e o design de luz é de Breno Monteiro.
A sonoplastia é de Leo Barbosa, e, em cena, estarão os intérpretes-criadores Leo Barbosa, Leônidas Costa, NaiseS e Rosangela Colares.
‘Corpos D’Água’ tem apoio do Espaço das Artes de Belém. O espetáculo será veiculado no canal do Youtube do Coletive Umdenós, hoje (1º), às 20h.
Seja sempre o primeiro a ficar bem informado, entre no nosso canal de notícias no WhatsApp e Telegram. Para mais informações sobre os canais do WhatsApp e seguir outros canais do DOL. Acesse: dol.com.br/n/828815.
Comentar