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ARTE

Fundação Cultural do Pará ganha mural gigante

Dezesseis artistas paraenses trabalham na obra coletiva que fala de transformação urbana pela arte

Imagem ilustrativa da notícia Fundação Cultural do Pará ganha mural gigante camera Com uma escala de 30 metros de altura, obra tem sido desafiadora para os participantes | Divulgação

Dezesseis artistas visuais participam de uma intervenção artística numa estrutura de 30 metros de altura, em plena Avenida Gentil Bittencourt, em Belém, no prédio da Fundação Cultural do Pará (FCP). Já iniciada, a ação integra a Semana de Arte e Muralismo (SAM), que ocorrerá de 22 a 27 de março, na FCP. O evento contará com uma programação intensa em artes visuais, música, comércio criativo e bate-papo. A realização é da Galeria Azimute em parceria com a Namazônia, FCP e Governo do Pará.

Belém fantástica e mundos paralelos são temas de exposição

Grafiteiros fazem intervenção nos 30 metros de altura da FCP

A obra coletiva de muralismo pretende transmitir uma mensagem sobre o poder da arte como ferramenta de transformação urbana. No total, serão cerca de 1.500m² de pintura feita por 16 artistas paraenses. São eles: Carla Cris Duncan, Michelle Cunha, Dedeh Farias, Santo, Lenu, Karina Miranda, Igor Oliveira, Mina Ribeirinha, Bonikta, Thays Chaves, Bárbara Savannah, Graf, Thay Petit, Cely Feliz, Sintético Abstrato e seu convidado Monk. Assim como em outras frentes da SAM, a curadoria foi um diferencial para a seleção de artistas.

Jade Jares, que é curadora e realizadora do evento, acredita que a curadoria reflete bem o perfil de seu trabalho na galeria Azimute nesses cinco anos de atuação, de fazer parcerias com os artistas da arte urbana nortista com seus diversos tipos de técnicas. “A curadoria foi feita pensando na diversidade de estilos dentro da linguagem que queremos aplicar e a nossa parceria com os artistas convidados imprime bem isso”, explica ela.

“Os desafios, dessa vez, não foram só da curadoria, mas acredito que eles podem ser identificados de diversas maneiras, principalmente quando se trata dos artistas da ‘empena’ - que são aqueles que estão pintando nos andaimes a 30m de altura, superando medos e tudo mais. Tudo é uma novidade pra gente. Pensar numa arte nessa escala, nessa proporção de expografia, tem sido um desafio para todos nós”, considera Jade.

Para ela, todos os trabalhos merecem destaque. “O ponto alto disso tudo é a base de todo esse trabalho, de compreender essa intervenção urbana como um instrumento de transformação da cidade. E todo o processo que já está acontecendo que faz parte disso. Outro ponto é a interação das pessoas com os artistas, com o espaço e com a gente que está aqui diariamente vivendo imersos nesse processo”, aponta.

Com atuação nas artes visuais desde 2015, Santana de Carvalho, conhecido como Santo, é um dos artistas convidados para participar da intervenção externa do prédio da Fundação Cultural do Pará. Escritor de rua, como ele diz, a experiência com o muralismo, é algo que ele sempre quis fazer. “Essa era uma vontade que eu tinha que não estava muito próxima da minha vivência. O muro inteiro chega a ser acima da rua, que é um painel gigante que alcança várias pessoas a mais do que algum canto que eu possa estar fazendo. Me eleva a um nível de arte que estou acostumado a fazer nas ruas. É impagável a sensação de estar lá e de poder apresentar uma arte de minha autoria. É uma iniciativa muito boa e estou muito feliz”, afirma Santo.

Além de mostrar seu trabalho, Santo conseguiu se superar, conta ele. “Fazendo arte na rua, não sabia quem estava me notando. Acho que essa expressão que o meu trabalho está tendo é um privilégio. É uma honra fazer parte do projeto. A altura foi um desafio enorme, porque eu nunca tinha trabalhado com uma altura dessas e a experiência nos dois primeiros dias foi assustadora. Tinha muito receio de ter um ataque de ansiedade no meio da subida da escada, mas consegui superar. No segundo dia, eu estava mais confiante”, confessa o artista.

Os materiais que ele usou na intervenção são os mesmos que utiliza na rua, ele diz. “Eu não podia fugir do grafite mesmo sabendo que muralismo não é grafite e nem são usadas as mesmas técnicas. Não larguei mão do spray. A minha poética que tenho desenvolvido na rua é sobre máscara social, a qual descolo o rosto do meu personagem, que não tem sexo definido, para dizer o quanto a gente pode mudar diariamente, assumindo identidade que não é nossa, apenas para camuflar algum sentimento”, diz Santo.

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