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Dilemas da Fé: a Bíblia sem Jesus é insuficiente

Em 1941, o teólogo, missionário e educador presbiteriano, John A. Mackay, disse: "o indivíduo pode crer em toda a Bíblia e, infelizmente, não descobrir a verdade fundamental nela contida." Essa é uma questão que deve ser observado por aqueles que seguem a Cristo.

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Imagem ilustrativa da notícia Dilemas da Fé: a Bíblia sem Jesus é insuficiente camera DEMAX SILVA

Através dos tempos a Bíblia se tornou o livro mais traduzido e lido em todo o mundo. Ela é formada por 66 livros, sendo 39 no Antigo Testamento e 27 no Novo Testamento. Para os cristãos, seus escritos se tornaram uma espécie de bússola, capaz de conduzir pessoas para o conhecimento e entendimento acerca da vontade de Deus.

A Bíblia surgiu em 325, através de um Concílio realizado na cidade de Niceia da Bitínia (capital do maior estado bizantino grego). Constantino (imperador romano), reuniu os mais influentes bispos da igreja católica, a fim de catalogar e separar todos os escritos a respeito de Deus e de Jesus. Assim surgiu o cânone, lista oficial de livros que segundo a Igreja de Roma, realmente haviam sido inspirados por Deus. Mas a divisão em capítulos só foi feita anos depois, no ano de 1250, pelo cardeal Hugo de Saint Cher, abade dominicano e estudioso das Escrituras.

Em 1448, o rabino judeu Mordecai Nathan, subdividiu o Antigo Testamento em versículos. E em 1551, Robert Stephanus (também conhecido como Robert Estienne), manteve a divisão essencial de Nathan do Antigo Testamento e acrescentou uma subdivisão semelhante ao Novo Testamento. Sendo a primeira Bíblia completa com divisões em capítulos e versículos, foi a Bíblia de Genebra, de 1560, uma influente tradução protestante para o inglês, anterior à versão King James.

A Bíblia contém livros, que foram escritos por autores diferentes e em épocas diferentes. O antigo testamento, por exemplo, é datado de aproximadamente 1.800 a 500 anos antes de Cristo. Enquanto que o Novo Testamento foi escrito entre 50 e 100 anos depois de Cristo.

O antigo testamento foi inscrito em um mundo totalmente agricultor, em mundo feudal. Onde os bárbaros dominavam aquela região. Então Deus lidava com seu povo, sobre essa realidade. Havia a necessidade do povo de expandir, e com isso, iam conquistando outros territórios. E em cada conquista, Deus estava à frente.

Um ponto muito importante que deve ser destacado é que na antiga aliança, o povo não possuía um livro todo catalogado em capítulos e versículos. O que se tinha eram folhas de papiro, que continha alguns escritos, onde os judeus guardavam nas sinagogas, e seu acesso era restrito aos escribas e aos rabinos.

Já os escritos do novo testamento (junto com o antigo testamento) estavam nos templos católicos romanos e só quem tinha acesso eram os bispos, os padres, os cardeais e as autoridades eclesiásticas da hierarquia institucional católica Romana.

Apesar dos livros terem sido escritos em mundos distintos, em épocas diferentes. Seu conteúdo, apontava para uma única direção.

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Desde o início, Deus revela seu plano para a humanidade. Quando lemos em Gênesis 3.15, conseguimos entender essa revelação, o texto diz: "... este te ferirá a cabeça". Aqui, a Bíblia narra a queda de Adão e Eva, onde Deus amaldiçoa a serpente (Lúcifer). E em seguida, revela quem irá vencê-lo: Jesus.

Mais tarde, quando Deus enviou as dez pragas sobre o Egito para que seu povo fosse libertado, Moisés recebeu instruções da parte de Deus para a celebração da Páscoa (Êxodo 12). E sob a luz do Novo Testamento, entendemos que a Páscoa apontava para o próprio Cristo.

O profeta Isaías também profetizou que o Messias, o Emanuel, nasceria de uma virgem. Ele ainda disse que seu nome seria “Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz” (Isaías 7:14; 9:6).

Então o que podemos perceber, é que todo o Antigo Testamento, seja por promessas, pactos, repreensões ou mesmo símbolos, apontam para o Messias prometido. Cristo é a chave de interpretação da Bíblia, e seu reino, é um reino de paz, amor e bondade. Mas essas características, estão se perdendo por aqueles que o seguem.

Por conta de uma interpretação equivocada das escrituras, algumas pessoas estão promovendo profundas distorções nos ensinamentos da Bíblia. Muitos acabam venerando mais o livro do que o próprio Deus. Pois em nada adianta conhecer toda a Bíblia, e não conhecer Jesus.

A Bíblia deve ser lida em nós, em nossas vidas, aplicando seus ensinamentos no nosso dia a dia, e jamais deve ser usada como um instrumento de julgamento, para apontar erros. Seus livros não foram inscritos para que um determinado povo pudesse subjugar os outros.

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O apóstolo Paulo, mesmo sem ter conhecido Cristo pessoalmente, mesmo vivendo em uma época onde a Bíblia nem existia, conseguiu entender a respeito de quem era Cristo e de como ele viveu entre nós. Ele disse: "Ainda que tivesse o dom de profecia, e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência, e ainda que tivesse toda a fé, de maneira tal que transportasse os montes, e não tivesse amor, nada seria… O amor é sofredor, é benigno; o amor não é invejoso; o amor não trata com leviandade, não se ensoberbece."

Em 1941, o teólogo, missionário e educador presbiteriano, John A. Mackay, disse: "o indivíduo pode crer em toda a Bíblia e, infelizmente, não descobrir a verdade fundamental nela contida. E a verdade fundamental é Cristo. O amor fundamental é Cristo. A justiça fundamental é Cristo.

Não se vive o evangelho sem amor, sem paciência, sem respeito, sem bondade. Sendo a Bíblia, em toda sua essência, aponta para Jesus, e sem ele, a Bíblia se torna insuficiente.

Demax Silva é colunista do podcast Outside

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📷 |DEMAX SILVA
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