Grandiosa, a I Bienal de Artes de Belém começa hoje na capital paraense. Com shows de ícones da cena nacional, tais como Zeca Baleiro, Johnny Hooker e Teresa Cristina, o evento segue até domingo, dia 25 de setembro, em 28 espaços culturais da cidade. Nomes paraenses consagrados também se apresentam no evento, entre eles, Dona Onete.
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Anunciada como uma das atrações da abertura, nesta terça, a cantora Gal Costa cancelou sua participação ontem. De acordo com comunicado da Prefeitura de Belém, a Lapa Produções Artísticas, responsável pelo contrato com a artista, alegou “motivo de força maior”. No mesmo horário, 22h, subirá ao palco “Âncora”, da Aldeia Cabana David Miguel, na Pedreira, a cantora Simone.
Outro destaque da primeira noite do evento é o show “Para Sempre Ruy”, uma grande homenagem ao poeta, compositor, professor, político e advogado Ruy Barata, montado para integrar os festejos do centenário de nascimento de Ruy (2020). O show foi apresentado durante apenas dois dias em abril.
Com direção musical de Ziza Padilha, e direção geral de Tito Barata, filho de Ruy, o show reúne vários artistas paraenses em uma retrospectiva da vida e da obra de Ruy Barata, incluindo as principais composições dele.
Mas antes da programação musical noturna, a abertura oficial do evento ocorre às 15h, na Igreja de Santo Alexandre, com a presença do prefeito Edmilson Rodrigues, da artista Márcia Kambeba e do ex-ministro da Cultura, Juca Ferreira, que fará a conferência de abertura sobre o tema do evento, “Afirmação de direitos”.
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Com shows, exposições, oficinas, rodas de conversas, a Bienal tem como propósito abarcar os mais diversos temas e públicos, em programações culturais que ocuparão 28 espaços da capital paraense, entre eles, distritos do município, além da ilha do Combu.
Esta é a primeira edição da Bienal. “A expectativa é a mais ampla possível porque tem sido feito um trabalho intenso, no sentido de pluralizar as ações nos mais diversos distritos e ilhas de Belém, no teatro, na música, seja na abertura de novos espaços ou ainda de eventos culturais de toda ordem”, afirma Michel Pinho, presidente da Fundação Cultural do Município de Belém (Fumbel).
O titular destaca a diversidade da programação. “É claro que a gente tem a alegria de trazer nomes nacionais importantes, como o de Johnny Hooker, Teresa Cristina e Zeca Baleiro para Belém, mas é importante destacar que artistas paraenses da mais grande monta estão entre as grandes participações do evento, como Dona Onete, Felipe Cordeiro e tantos outros que fazem parte da programação da Bienal”, destaca. Dentro outros nomes paraenses de peso, estão Nilson Chaves, Sabah Moraes, Marco André e Bando Mastodonte.
AMPLITUDE
Mas nem só de música se faz a programação desta Bienal. O teatro tem grande destaque, com a inauguração, no sábado, 24, de um novo espaço municipal, o Teatro Popular Nazareno Tourinho, que passará a funcionar no Solar da Beira, dentro do Complexo do Ver-o-Peso.
A abertura vai ser celebrada com apresentações dos Palhaços Trovadores e Má Companhia de Teatro. As artes cênicas também ocupam o anfiteatro da Praça da República, o Teatro Waldemar Henrique, com presenças de grupos como o Gruta, Cuíra e Experiência, e até mesmo as estações do BRT.
A Praça da República também será palco para a dança paraense, com apresentações de grupos como o Ribalta, Lumiar e Clara Pinto.
Os cortejos populares vão estar representados, com escolas de samba, quadrilhas e cordões de boi em espaços dos distritos de Mosqueiro, Outeiro e Icoaraci, enquanto que o Mercado de São Brás terá a presença das artes urbanas e das tribos do hip-hop.
Assim como nas atrações propostas, o tema da diversidade também atravessa as discussões culturais que ocorrem no auditório do Igeprev, com tópicos como lugar de fala, representatividade, políticas para afirmação da diversidade, processos decoloniais e o poder da arte e educação para transformar, em espaços formais ou não.
Festival de Música e Flibe continuam
Dentro das ações da Bienal, ocorre até a próxima sexta, 23, o “IV Festival de Música Brasileira”, que homenageia o músico Paulo André Barata. No último final de semana, ocorreram duas eliminatórias. Foram 13 canções inscritas, em cada um dos dias, das quais apenas doze passaram no crivo para a final do dia 23 de setembro.
Disputam a final as músicas “Recanto Agreste”, de Márcio Farias e Eudes Fraga; “Cinzas do Aurá”, de César Escócio; “Epfonia: A Música”, de Clarice Sena; “Sob o Céu de Nossa Aldeia”, de David Amorim e Dudu Neves; “Na Sombra da Samaumeira”, de Alfredo Reis; “Minha Vida a Floresta”, de Gileno Foinquinos; “Pra Você Voltar pro Ninho”, de Paulinho Moura e Veloso Dias; “Guerra e Paz”, de Diego Castro; “A Canção Mais Sincera”, de Floriano Santos e Renato Torres; “Balada”, de Pratagy; e “Bacuriteua”, de Tekko Martins.
Elas concorrem a três grandes prêmios. O primeiro lugar, que vai levar R$14 mil, seguido de R$ 10 mil para o segundo lugar e de R$ 8 mil para o terceiro colocado. Também há prêmios para melhor intérprete, arranjo, letra e aclamação popular.
“É muito importante perceber que os músicos tiveram uma seleção julgada por pessoas do mais alto gabarito, que trabalham com música, são vinculados a estúdios, são estudiosos, que puderam dar essa percepção sobre as composições inscritas”, destaca Michel Pinho.
“O resultado foi amplamente divulgado, no sentido de fortalecer novos atores, novos compositores, novos intérpretes que podem fazer da música um campo muito bonito de atuação na cultura de Belém”, analisa o titular da Fumbel.
Também dentro da Bienal, a 1ª Flibe - Festa Literária de Belém, aberta na última sexta, 16, também continua até o dia 23, no prédio da Fundação Cultural do Pará/Centur, inclusive com programações musicais a cada dia. Hoje, será a vez de Delcley Machado, além do grupo de dança Cia. Do Nosso Jeito, que une bailarinos andantes e usuários de cadeiras de rodas.
A programação inclui também oficinas de formação em artes e em educação, palestras, bate-papos sobre literaturas (afro-brasileira, indígena, LGBT+, periféricas, de cordel, infantojuvenil, feminista, dentre outras), exposições, mostra de cinema paraense, feira de artesanato e economia criativa, espetáculos teatrais, contações de histórias, etc.
"O resultado foi amplamente divulgado, para fortalecer novos compositores, novos intérpretes”, Michel Pinho, presidente da Fumbel.
Programação na Aldeia Cabana
Data: 20/09
18h - 20h - Cortejo de Manifestações Culturais.
20h - 22h - Show “Para sempre Ruy”.
22h - 23h - Show de Simone
Data: 22/09
18h - 19h - Grupo de Flauta das Escolas Liceu do Paracuri e Benvinda de França Messias; Coral Infantojuvenil da Semec.
19h - 20h - Show de Nilson Chaves
20h - 21h - Show de Bando Mastodonte
21h- 22h - Show de Hamilton Holanda
22h - 23h - Show de Zeca Baleiro
Data: 23/09
18h - 19h - Grupo Carimbolesco do NACE
19h - 21h - Fase Final do IV Festival de Música Brasileira
21h - 22h - Show de Sabah Moraes
22h - 23h - Show de Johnny Hooker
Data: 25/09
17h - 19h – Cortejo e Apoteose Carnavalesca
19h - 20h – Show Xaxá e Banda
20h - 21h - Show Tem Mulheres na Roda de Samba
21h - 22h - Show Bilão e Banda
22h - 23h - Show Teresa Cristina
Serviço
Bienal das Artes de Belém
Quando: de (hoje) a 25/09 (domingo), a partir de 15h;
Onde: Aldeia Cabana, Memorial dos Povos, Ver-o-Rio, Teatro Waldemar Henrique, Praça da República, Igeprev, Vila Bolonha, entre outros espaços.
Quanto: Gratuito
Programação completa: confira em agenciabelem.com.br
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