A literatura paraense está em alta com escritores sendo laureados e indicados a prêmios nacionais e internacionais nos últimos anos e obras sendo adaptadas para o cinema e séries em streamings. Recentemente, três autores do Pará foram listados como semifinalistas do Prêmio Oceanos e o livro “Psica”, do autor Edyr Augusto, vai virar série a ser exibida pela Netflix, por exemplo. Essa notoriedade e excelência também ocuparão espaço na 27ª Bienal do Livro de São Paulo, evento que começa no dia 6 e encerra no dia 15 setembro na capital paulista.
Entre os lançamentos do Pará esperados na Bienal está o livro “Os desertos”, de Marcos Samuel Costa, poeta de Ponta de Pedras, na região do Marajó, no nordeste do Pará. Ele é um dos três escritores do Estado que foram indicados ao Oceanos neste ano. Junto com ele também estão listados o ganhador do Prêmio Sesc de Literatura em 2023, Airton Souza, com o romance “Outubro de carne estranha”, e Rogério A. Tancredo, pelo romance “Pontas soltas tardes de neblina”.
Marcos Samuel comemora a boa fase da Literatura feita no Pará. “Os prêmios são reflexo do que tem sido feito aqui e de que a literatura paraense está integrada ao resto do Brasil”, comenta. O autor estará nos dias 8 e 9 de setembro para relançar o livro “Os desertos” e conversar com leitores. O poeta aproveita a boa fase de estar entre 30 grandes autores concorrendo ao Oceanos, uma das maiores premiações lusófonas, equiparada a prêmios como o Jabuti, no Brasil, e ao Camões, em Portugal.
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Douglas de Oliveira, editor da Folheando, observa que há um interesse cada vez maior à produção literária do Pará. O mesmo movimento também é percebido quanto à produção: só neste ano, a editora paraense já lançou 82 títulos. “As premiações, o interesse da imprensa e outras mídias e também a intensa produção dos autores são sinais de uma Literatura que está se expandindo e sendo absorvida pelo mercado editorial brasileiro. Esses movimentos juntos levam a essa evidência, a esse interesse do público”, pontua.
A Folheando edita o livro de Marcos Samuel e também levará títulos paraenses ao grande evento livresco de São Paulo, com autores como o contista Anderson Araújo, com o livro “Manual Prático de Como Vestir um Pai Mortos”, a poeta Bia Chaves, com “Poesia no céu de Galilei”, e os romancistas Giu Yukari Murakami, com “Aprendiz de erveira”, e Toni Moraes, com “Morto não me serves de nada”.
Editora
A Folheando é a única paraense a participar da Bienal do Livro de 2024. Criada em 2017, em Belém do Pará, a editora já publicou mais de 500 títulos de autores de todo o Brasil, além de assumir a edição de dois dos romances do escritor paraense Dalcídio Jurandir (1909-1979): “Passagem dos inocentes” e “Belém do Grão Pará”, que será lançado em 2024. A editora visa a divulgação e promoção da literatura brasileira contemporânea, com publicações tradicionais, sem custos para os autores.
Bienal
A 27° Bienal Internacional do Livro de São Paulo é realizada pela Câmara Brasileira do Livro (CBL) e organizada pela RX. O evento ocorre entre os dias 6 e 15 de setembro de 2024, no Distrito Anhembi, em São Paulo. A iniciativa visa aproximar crianças e jovens ao universo dos livros, estimulando a criatividade, a imaginação, vocabulário, raciocínio lógico e pensamento crítico.
O evento espera receber cerca de 120 mil crianças e adolescentes de 4 a 14 anos no programa de visitação escolar, no qual escolas Municipais, Estaduais e Particulares podem se cadastrar.
Atualmente, há mais de 49 mil crianças inscritas e os visitantes vêm de diversos estados do Brasil, como Paraná, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Mato Grosso e São Paulo. O cadastramento no programa de visitação escolar dá direito a gratuidade. Além disso, é possível fazer uma visita escolar guiada ao evento.
Onde encontrar livros de autor4es paraenses na Bienal de SP:
- Estande H78, no Pavilhão de Exposição do Distrito Anhembi, na Av. Olavo Fontoura, 1209, em São Paulo.
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