Na próxima sexta-feira, 8 de novembro, o mestre da guitarrada paraense, Manoel Cordeiro, completa 69 anos de vida, que será marcada por uma importante celebração cultural. Durante o “Baile do Papai”, que acontece na Casa de Francisca, em São Paulo, o músico, compositor, arranjador e produtor cultural fará a leitura do manifesto intitulado "Música Popular Brasileira Feita na Amazônia", um chamado à valorização e reconhecimento global da música da região Norte do Brasil.
O evento contará com a participação de grandes nomes da música amazônica, como Felipe Cordeiro, Patrícia Bastos, Nayara Guedes, Figueiroas, Évila Moreira e Renan Sanches. A leitura do manifesto em São Paulo reflete a importância de dar visibilidade à riqueza cultural da Amazônia e ao legado musical do Pará, estado natal do artista.
Segundo Cordeiro, a escolha de São Paulo como palco para o lançamento do movimento é estratégica, dado seu papel como centro cultural do país, capaz de amplificar a mensagem.
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A proposta do manifesto é criar uma plataforma para a difusão da música regional em escala global, unindo artistas e apoiadores em torno de um objetivo comum: promover e valorizar a cultura amazônica.
“O Pará e a Amazônia possuem uma alta miscigenação que nos trouxe uma música misturada de clássicos europeus, suingue negro e batuque indígena, trouxe um mosaico imenso de ritmos. Não existe limites para nós. As vertentes da nossa música são como os rios”, afirma Cordeiro.
O movimento MPB Feita na Amazônia também se apresenta como uma preparação para a COP 30, que será realizada em Belém, em 2025. O evento internacional será um marco para o movimento e proporcionará o ápice da visibilidade e discussões sobre o potencial cultural da Amazônia. Para tanto, estão previstas várias ações culturais, incluindo um festival e um seminário que ocorrerão nos próximos meses.
Rumo aos 70 anos e ao legado musical
Com 58 anos de carreira e quase mil discos produzidos, Manoel Cordeiro também está em fase de produção de um longa-metragem biográfico intitulado "Luz do Mundo". O filme, que está sendo gravado em Belém, Macapá e São Paulo, será uma imersão na trajetória de um dos maiores nomes da música da Amazônia.
Na véspera do “Baile do Papai”, a loja Pindorama Discos, em São Paulo, se tornará o palco de uma gravação especial com o DJ Figueiroas, de Alagoas, que apresentará 100 vinis de cantores que tiveram discos produzidos por Cordeiro, incluindo ícones como Roberto Leal, Beto Barbosa, Warilou, Fafá de Belém, Pinduca, entre outros.
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O show na Casa de Francisca também será parte integrante do documentário, que capturará a atmosfera de sua música e sua colaboração com outros artistas, além de cenas que retratam suas raízes no Marajó, onde nasceu e passou parte de sua infância. A produção é da Sapucaia Filmes, com direção de San Marcelo.
Novos projetos e a continuidade do legado
Além do manifesto e do filme, Manoel Cordeiro segue ampliando seu legado musical. O artista está preparando o lançamento de novos projetos, incluindo um estúdio, uma gravadora e o selo "MC da Amazônia", que possui as iniciais do seu nome e que vai produzir e lançar EPs audiovisuais com diversos artistas da música amazônica. A proposta é apresentar ao mundo a diversidade musical da região, com uma amostra de sua riqueza e potencial.
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