No dia 04 de setembro de 2024, durante a 105ª reunião do Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural, foi aprovada, por unanimidade, a inscrição das tradicionais Marujadas de São Benedito no Livro de Registro de Celebrações, tornando a manifestação Patrimônio Cultural do Brasil.
O pedido de registro foi apresentado em 2011 pela Irmandade da Marujada de São Benedito de Bragança, organização de caráter educativo e cultural, fundada em 1798 por iniciativa de negros escravizados e libertos na então Vila de Bragança.
De acordo com informações da Prefeitura de Bragança, na próxima sexta-feira (06), as Marujadas serão reconhecidas oficialmente como Patrimônio Cultural do Brasil, em uma cerimônia, que ocorrerá no município de Bragança. A celebração começa às 17h, com uma missa na Igreja de São Benedito, em seguida, às 18h, no Museu da Marujada, será realizada a cerimônia de certificação.
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Marujadas de São Benedito no Pará
A celebração para São Benedito e/ou São Sebastião no Pará é um conjunto de rituais, que ocorre entre dezembro e janeiro (celebrações principais), e que homenageiam os santos em agradecimentos às graças recebidas. Os rituais envolvem, de maneira individual e coletiva, pequenas atividades que caracterizam a celebração, como procissões, missas, levantamento e derrubada de mastros, almoços coletivos, leilões, danças - como roda, retumbão, chorado, mazurca, valsa, contradança, xote, arrasta-pé e bagre - e personagens que compõem a festa como capitoa, capitão, juiz, juíza, marujos e marujas.
A marujada é tanto o corpo de associados (irmandade, associação ou grupo cultural) e o conjunto das pessoas que participam, devidamente caracterizadas, dos eventos religiosos e não-religiosos das festividades (chamados de marujos e marujas), quanto o nome usado para se referir à prática cultural formada por eventos religiosos, folguedos, comensalidades, vestimentas e danças típicas.
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Um ponto muito importante das marujadas é a presença forte das mulheres, tanto nos rituais quanto na organização das festividades, cabendo aos homens o papel de esmoladores, tocadores ou acompanhantes.
A origem da marujada é do final do século XVIII e início do XIX, associada à criação da Irmandade do Glorioso São Benedito de Bragança em 1798, por iniciativa de povos negros escravizados naquela localidade. Para celebrar São Benedito, eram realizadas rezas, tambores, danças, missas, ladainhas e folias que vieram a se caracterizar com o que se entende hoje por Marujada do Pará.
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