
Começou na sexta-feira, 14, o desfile das escolas de samba de Belém, no grupo especial. Na primeira noite, quatro escolas participaram da festa na Aldeia Amazônica, Pedreira. A abertura ficou por conta da Mocidade Olariense, seguida de Rancho Não Posso Me Amofinar, Deixa Falar e Embaixada do Império Pedreirense — atual campeã, que defende o título neste ano.
O certame é promovido pela Prefeitura de Belém, Governo do Estado e Liga das Escolas de Samba Associadas. “Parabéns a todas as comunidades que trabalharam o ano todo para poder fazer esse lindo desfile. Parabéns à liga e à Prefeitura por poderem ter mobilizado o tema sustentabilidade à Amazônia, poder trazer para a avenida vários olhares sobre a nossa floresta, sobre as riquezas do Pará, sobre as riquezas da floresta amazônica”, parabenizou o governador Helder Barbalho, que esteve presente no camarote do carnavalesco Milton Cunha.
Cunha, que é paraense radicado no Rio de Janeiro, ressaltou o crescimento que o Carnaval de Belém vem vivendo. “Quando saí daqui, o Carnaval era muito forte, me lembro Joãozinho Trinta, Laila fazendo Carnaval aqui então acho que é uma tentativa de resgatar e trazer de volta o Carnaval do Pará como um dos 5 melhores do Brasil, é uma tentativa de emergir, então vamos dar visibilidade, vamos falar dele nacionalmente”, exaltou Cunha.
Igor Normando, prefeito de Belém, fez questão de mencionar o esforço financeiro da atual gestão municipal para viabilizar a festa e parabenizou os participantes. “Nós já fomos o terceiro maior Carnaval do Brasil e agora, com muito trabalho, parceria com o Governo do Estado, sobretudo com a população de Belém, a gente vai fazer com que o nosso Carnaval possa ser um dos melhores Carnavais do Brasil, gerando emprego, renda, movimentando a economia da nossa cidade”, disse.
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Rose Gomes, 53, dona de casa, veio de Icoaraci para prestigiar a festa na Aldeia. “Eu gosto muito do Carnaval. Estou na torcida pela Mocidade, que é lá de Icoaraci”. Josué Neto, 24, músico, vai desfilar no Bole-Bole neste sábado à noite, mas foi prestigiar as co-irmãs na sexta. “Vou desfilar, sim, na bateria. Tenho a expectativa na alta, assim, para a gente fazer um grande desfile e correr tudo bem. Se Deus quiser vamos conquistar de novo, mas hoje é só para curtir”, conta.
Ilma Silva, 64, aposentada, desfila há 4 anos. Ela declara que tinha depressão e o envolvimento com o cotidiano do samba a ajudou a melhorar. “Sempre gostei de dança. Aí quando veio o convite eu aceitei. Isso me ajudou muito. E ajuda muito. Eu amo carnaval”, exalta.
A Mocidade Olariense trouxe o tema Icamiabas, as guerreiras amazônicas. O Rancho homenageou o supermercadista Oscar Rodrigues. A Deixa Falar trouxe um enredo sobre as encantarias paraenses. Por fim, a Embaixada trouxe uma reflexão sobre a proteção das águas.
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