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'Tratado de Paz', composição de Íris da Selva, vence o Fecant 

O Festival Canção da Transamazônica consagrou a música 'Tratado de Paz' como campeã, destacando a diversidade e a cultura regional com grandes artistas

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Imagem ilustrativa da notícia 'Tratado de Paz', composição de Íris da Selva, vence o Fecant  camera Vencedores do Festival Canção da Transamazônica (Fecant) | Foto: Divulgação

A música campeã fala sobre sexualidade não-binária e foi interpretada no festival por Íris junto com Borblue e Flor de Mururé. A noite ainda teve shows de Dona Onete, Arthur Nogueira e banda Reggaetown com a participação de D’Roots.

A canção “Tratado de Paz” foi a grande campeã do Festival Canção da Transamazônica (Fecant), na etapa Nacional, na noite do sábado, 29, em Altamira. Superando 11 canções selecionadas do Pará e de outros estados, a canção foi interpretada por Íris da Selva, Ádrian BorBlue e Flor de Mururé, de Belém, e levou o prêmio de R$ 10 mil. Antes da premiação, Dona Onete levantou o público com o seu esperado show. Também passaram pelo palco os artistas convidados Arthur Nogueira e a banda Reggaetown com a participação do cantor altamirense D’Roots.

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Em segundo lugar, ficou a “Prece à Floresta”, composta por Joãozinho Gomes e Enrico Di Miceli, de Santana, do Amapá, que levou R$ 5 mil para casa. Essa música foi interpretada pela cantora Ariel, que também conquistou o prêmio de Melhor Intérprete da noite, levando o prêmio de R$ 1.500. E, em terceiro lugar, ficou “Sakidila”, de Arlison Dipreto e os Falsos do Carimbó, de Oriximiná, Baixo Amazonas, que recebeu R$ 3.500 como prêmio.

A letra poética de “Tratado de Paz” retrata a realidade das artistas e de outras pessoas que não se identificam como homem e nem como mulher, ou seja, são não-binárias, em seus processos internos e na relação com a sociedade. “O olho no olho tortura, se a verdade é bruta, não há salvação/ Será difícil entender que eu não quero parecer com mais ninguém além de mim?/ Será difícil aceitar, não sou moça nem rapaz, sou meu tratado de paz/ Olho no olho é cura quando não tortura nenhum coração”, diz trechos da letra.

Emocionado, Íris dedicou a vitória às pessoas trans, ao saudoso mestre Lourival Igarapé, ao seu terreiro e aos seus irmãos de jornada. “É uma honra de verdade estar nesse lugar, compartilhando o 1o lugar com essa música que fala de tanta luta!”, descreveu ao receber o prêmio. Borblue revelou que o trio estava sem passagens aéreas para comparecer ao festival até a antevéspera do evento. “Tudo aconteceu pra gente estar nesse lugar especial pra caramba. A gente veio passar uma mensagem e o prêmio é consequência. Espero que a mensagem vá muito mais longe”, completou. Já Flor de Mururé, reforçou: “A gente não tava esperando nada. A gente veio cantar o que acredita e fazer por nós. Estou muito emocionado”.

Regional e Kids

Na quinta e sexta-feira, 27 e 28, aconteceram as etapas Kids e Regional. Helena Vieira, de 16 anos, do bairro Bela Vista, de Altamira, venceu o concurso de intérpretes infanto-juvenis e levou o prêmio de R$ 3 mil. Em segundo lugar, ficou Luíza Silva, de 13 anos, do bairro São Joaquim, de Altamira, com o prêmio de R$ 2 mil. E, em terceiro lugar, Andrecia Diciane, de 14 anos, de Bela Vista, Vitória do Xingu, com o prêmio de R$ 1.500.

Na segunda noite, no concurso de canções originais de artistas da região do Xingu, o cantor e compositor Amazônico, de Itupiranga, venceu em 1o lugar e como Melhor Intérprete com a canção “Cavalaria”, ficando com os prêmios de R$ 7 mil e de R$ 1.500, respectivamente. O segundo lugar foi do cantor e compositor Edilson Tenório, de Altamira, com a canção “Rio que não me canso de cantar”, levando o prêmio de R$ 5 mil. E o terceiro lugar foi da cantora e compositora Ellem Kamilly, de Altamira, com a canção “Te ter é tão bom”, levando o prêmio de R$ 3 mil.

As duas primeiras noites do festival também contaram com shows de mais artistas convidados, como AQNO com a participação de Sam Bruno, e de artistas da região do Xingu que vem consolidando a carreira com o incentivo do Fecant, caso de Grah Podanoski e de Ailane, que convidou Sáskia e Glícia para dividir o palco.

“O Fecant é mais do que música: ele celebra identidades, histórias e expressões culturais da Transamazônica e do Xingu, fortalecendo artistas regionais e abrindo espaço para novas gerações de talentos. Para a Norte Energia, apoiar essa iniciativa é investir no desenvolvimento regional e nas pessoas que fazem a economia do Médio Xingu acontecer, onde surgem novas oportunidades e se fortalece a identidade amazônica, em plena sintonia com o compromisso da empresa com o desenvolvimento social, econômico e cultural da região”, declarou o gerente de sustentabilidade da Norte Energia, patrocinador master do Fecant, Thomas Sottili.

“O Festival Canção da Transamazônica (Fecant) surgiu em 2011 para incentivar a cena, valorizar os artistas e possibilitar o acesso à cultura. O Fecant cresceu, entrou para a lista dos disputados festivais de música do Brasil, recebendo inscrições de vários lugares, com premiações em dinheiro - este ano, foram R$ 43 mil - e sempre oferecendo shows com artistas convidados e consagrados de forma 100% gratuita”, conta a coordenadora e idealizadora do festival, Joelma Klaudia. “Novamente, este ano, apoiamos crianças e adolescentes da região com suas famílias para participarem do Fecant Kids, além da Feira Indígenas de Economia Criativa em que 11 etnias comercializam a produção de artesanato”.

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O patrocínio foi da Norte Energia; Banco da Amazônia; Fundação de Amparo e Desenvolvimento da Pesquisa (Fadesp); Lei Semear, Fundação Cultural do Pará (FC), Secretaria de Cultura, Secretaria de Turismo e governo do estado do Pará; Política Nacional Aldir Blanc (PNAB), Ministério da Cultura e governo federal. Os apoios foram da Prefeitura Municipal de Altamira, deputado estadual Eraldo Pimenta, deputado estadual Chicão, vereadora de Belém Marinor Brito, Secretaria de Cultura e Secretaria de Turismo, governo do Pará.

O Fecant é realizado pelo Instituto Ararajuba, organização sem fins lucrativos presidida por Joelma Klaudia.

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